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sábado, 2 de abril de 2011

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Contribuições Especiais dos Muçulmanos  

A lei existe na sociedade humana desde tempos imemoriais. Toda raça religião, e todo grupo de homens trouxe alguma contribuição a essa esfera. A contribuição feita pelos muçulmanos é tão rica quanto meritória e valiosa.
 Ciência da Lei 
 
Todos os antigos tiveram as suas leis peculiares e próprias. Entretanto, parece que jamais havia se pensado antes do Ach-Chafi'i (150-204 da Hégira/767- 820 d.C.), numa ciência da lei, abstrata na existência e distinta das leis e dos códigos. A obra desse jurista, Risála, designa essa ciência pelo expressivo título de "Raízes da Lei", advindo daí os diversos ramos da regulamentação da conduta humana.
Esta ciência, chamada daí para frente de Usul-al-Fiquih, pelos muçulmanos, trata simultaneamente da filosofia da lei, da fonte das regras, e dos princípios da legislação, interpretação e aplicação dos textos legais. Essas leis, regulamentos são chamados de "ramos" (furú) dessa árvore.  

A Intenção do Ato 

Entre as novidades no domínio dos conceito fundamentais da lei, podemos apontar a importância dada ao conceito de motivo e intenção (niya) dos atos. Esta noção se baseia no célebre parecer do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus esteja sobre ele);
 "Os atos devem ser julgados de acordo com as intenções."  
Desde então, a infração ou crime intencional e o ato involuntário, não tem sido tratados de maneira igual pelos tribunais.  

Constituição Escrita do Estado 

É interessante como também inspirador, observar que já na primeira revelação recebida pelo Profeta do Islam, que era uma pessoa iletrada, constava o engrandecimento do cálamo como meio de conhecimento das coisas ignoradas, e como sendo uma graça de Deus.
Não nos surpreende que quando o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus esteja sobre ele); dotou seu povo de um organismo estatal criado do nada, ele tenha promulgado uma constituição escrita para esse Estado, que era inicialmente uma cidade-estado, mas meros dez anos mais tarde, quando seu fundador morria, já se estendia por toda a Península Arábica e as partes do sul do Iraque e da Palestina.
Após outros quinze anos, durante o califado de Uthman ocorreu uma penetração fantástica dos exércitos muçulmanos na Andaluzia (Espanha) por um lado e no Turquestão chinês pelo outro, através dos países intermediários. Essa constituição escrita, preparada pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus esteja sobre ele); contendo 52 cláusulas, sobreviveu até os nossos dias inteira.
Ela trata de uma variedade de questões, tais como os direitos e deveres que dizem respeito ao governante e aos governados, legislação, administração da justiça, organização da defesa, tratamento de súditos não-muçulmanos, seguro social baseado na mutualidade, e outros requisitos daquela época. O Ato (Constitucional) data de 622 da era cristã, do primeiro ano da Hégira.

A Lei Internacional Universal  

A guerra, que infelizmente sempre tem sido freqüente entre os membros da família humana, é a ocasião quando se está menos disposto a conduzir-se racionalmente e praticar justiça principalmente sobre os próprios súditos em favor do nosso adversário.
Como isto na verdade é uma questão de vida ou morte, uma batalha pela própria sobrevivência, na qual o menor deslize ou erro pode levar a conseqüências perigosas, os soberanos e chefes de Estado sempre reivindicaram o privilégio de decidir, a seu próprio critério, as medidas a serem aplicadas ao inimigo.
A ciência relacionada com esse comportamento dos soberanos independentes existe desde os tempos mais remotos; mas fazia parte da política e mera prudência, quando muito guiada pela experiência. Os muçulmanos parecem ter sido os primeiros a separar esta ciência da lei internacional pública das vontades e desejos mutáveis dos governantes dos Estados, e de dispô-la numa base puramente legal.
Além do mais, foram eles que deixaram para a posteridade, os tratados mais antigos existentes sobre a lei internacional desenvolvidos como unia ciência independente. Eles a chama de siyar, ou seja, conduta do soberano. E mais, nos códigos convencionais de leis, fala-se desse assunto como integrante da lei da terra.
Aliás, fala-se dele imediatamente em seguida à questão do banditismo, como se a guerra pudesse ser justificada com as mesmas razões que a ação policial contra os assaltantes de estrada. O resultado disso é que os beligerantes têm, não apenas direitos, como também, obrigações, reconhecidas pelos tribunais muçulmanos.

Características Gerais da Lei Muçulmana 

A primeira coisa que espanta o leitor de um manual sobre a lei islâmica é de que ela procura regular todo o leque de atividades da vida humana, tanto no seu aspecto material como espiritual. Tais manuais começam geralmente com os ritos e práticas do culto, e discutem nesse mesmo capítulo também as questões constitucionais da soberania, uma vez que o Imam, ou seja, o chefe do estado é o líder ex-ofício das orações na mesquita,
Não devemos portanto nos espantar de essa parte também tratar dos impostos devidos ao erário; uma vez que o Alcorão freqüentemente fala sobre o culto e o imposto do zakat no mesmo versículo, tratando esse imposto como uma das formas de se louvar a Deus por intermédio do dinheiro.
Depois disso, discutem-se as relações contratuais de todos os tipos; em seguida os    crimes e suas penalidades, que incluem as leis da guerra e da paz com países estrangeiros, a lei internacional e também a diplomacia; e finalmente os regulamentos que regem a herança e os testamentos.
O homem consiste de corpo e alma; e se o governo com seus enormes recursos, cuidar tão somente dos assuntos materiais, o espírito ficará esfomeado, e sendo deixado à sua própria mercê, seus recursos serão Paupérrimos em comparação com os que são disponíveis para os assuntos seculares.
O desenvolvimento desigual do corpo e da alma levarão à falta de equilíbrio do homem, cujas conseqüências serão, a longo prazo, desastrosas para a civilização. Este tratamento do todo, tanto do corpo como da alma, não implica que os não iniciados devem se aventurar nos domínios da religião, tanto quanto não se deve permitir ao poeta aventurar-se a realizar cirurgias; todo campo de ação humana deve ter seus próprios especialistas e pessoas qualificadas.  
Outra característica da lei islâmica parece ser a ênfase posta na correlação do direito e da obrigação. Não somente as relações mútuas dos homens entre si, mas também a relação dos homens com seu Criador, são baseadas no mesmo princípio; e o culto não é mais que o cumprimento do dever do homem correspondente aos direitos que a providência lhe concede. Para falar somente dos "direitos do homem", sem ao mesmo tempo dar relevo aos seus deveres, seria o mesmo que transformá-lo em um animal voraz como o lobo, ou no próprio diabo.  

A Filosofia da Lei  
 
Os juristas clássicos entre os muçulmanos, põem as leis sobre a base dupla do lícito e ilícito. Deve-se praticar o que é lícito e abster-se do que é ilícito. O lícito e o ilícito são às vezes absolutos e evidentes por si, e outras vezes, apenas relativos e parciais.
Isto nos leva à divisão em cinco categorias de todas as regras jurídicas, tanto as ordens como as injunções. Desse modo, tudo que é absolutamente lícito será um dever absoluto, e devemos praticá-lo. Tudo que tem um caráter lícito preponderante é recomendável e considerado meritório.
As coisas que têm ambos esses aspectos, do lícito e ilícito, em proporções iguais, ou que não possuem nenhum dos dois, seriam deixadas ao critério do indivíduo optar se as praticasse ou se delas se abstivesse, e até de mudar tal prática de tempos em tempos.
As coisas absolutamente ilícitas seriam objeto de proibição total, e seriam repreensíveis e desencorajadas. A divisão básica dos atos ou regras em cinco categorias pode ter outras subdivisões para inserir nuances menores, tal como os indicadores do dial de um bússola que acrescentam direções compostas além dos quatro pontos cardeais principais.
Resta definir e distinguir entre o lícito e o ilícito, O Alcorão, sendo a Palavra de Deus e um livro sagrado para os muçulmanos, fala dessas coisas em multas ocasiões, dizendo-nos sempre que devemos praticar o ma'ruf e nos abster do munkar. Ora, ma'ruf quer dizer um ato lícito que é reconhecido como tal por todos, até pela própria razão, e, portanto, é lícito. Enquanto munkar significa aquilo que é rejeitado por todos por não ser de modo algum bom, um mal que é reconhecido como tal por todos; e aquilo que até a própria razão reconhece como mal, deve ser proibido.
Uma grande parte da moralidade do Islam está contida neste domínio; e são raros os casos em que o Alcorão proíbe algo a respeito de que exista qualquer divergência de opinião humana, tal como a proibição de bebidas alcoólicas, ou de jogos de azar; mas para dizer a verdade, a razão de ser da lei, mesmo em tais casos, jamais é negada às mentes lúcidas e férteis. Na prática, isto é uma questão de confiança na sabedoria e inteligência do Legislador, cujas diretrizes em todos os demais casos não tem causado senão a aprovação universal

As Sanções 

Encontram-se entre os membros da raça humana os mais variados temperamentos, e estes podem ser agrupados em três grandes categorias: a daqueles que são bons e resistem a quaisquer tentações do mal, sem precisar de serem compelidos a tanto; a daqueles que são maus, e procuram, por todos os, meios, fugir de toda e qualquer vigilância; e finalmente, a daqueles que se comportam de maneira adequada só enquanto temem as conseqüências, mas que se permitem praticar o ilícito também quando são tentados, quando há uma maior ou menor probabilidade de escaparem ilesos de qualquer represália.
Infelizmente, o número dos indivíduos da primeira categoria é muito limitado; estes não precisam nem de guias nem de sanções contra a violação de leis. As outras duas categorias necessitam de sanções em benefício da sociedade. A disposição do espírito de causar danos a outrem pode ser uma doença, um resquício de animalidade criminosa, resultado de uma má educação, ou ser devida a outras causas.
Um esforço terá de ser feito para controlar e neutralizar o dano que possa ser causado por homens da segunda categoria, cujo número felizmente também não é muito grande. Resta a terceira categoria, intermediária, e que é constituída pela grande maioria dos homens. Estes necessitam de sanções, mas de que espécie?
 Vale dizer que se o próprio chefe tivera uma consciência pesada, por ter cometido alguma coisa proibida, ele teria pouca disposição para repreender outros a respeito da mesma coisa. Portanto, o Islam atinge a raiz e a fonte desse tipo de mal, e declara que ninguém está isento das obrigações, nem mesmo o soberano, nem o próprio profeta.
Os ensinamentos, como a própria prática do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus esteja sobre ele);  seguidos pelos seus sucessores, exigem que o chefe do Estado deve ser plenamente capaz de ser  intimado a comparecer perante os tribunais do país, sem qualquer restrição. A Tradição Islâmica tem sido a de os  juízes jamais hesitarem na prática de decidirem contra os seus soberanos em casos  de prevaricação.  
É desnecessário mencionar-se pormenorizadamente as sanções materiais que existem no Islam, como também em todas as outras civilizações. Por isso existem funções públicas que são encarregadas de manter a lei e a ordem, de vigiar e de custodiar, de cuidar da paz e da tranqüilidade das relações de convívio dos habitantes do país e assegurar de que qualquer pessoa que seja vitimada por violência, possa reclamar diante dos tribunais e que a polícia traga os acusados a comparecerem para responder perante os juízes, bem como de que seja finalmente executada a decisão destes.  
Mas a concepção de sociedade que o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus esteja sobre ele); tinha, acrescentou ainda uma outra sanção, talvez mais eficaz que a sanção material, e que é a sanção espiritual, Mantendo toda a parafernália administrativa da justiça, o Islam impressionou nas mentes dos seus seguidores a idéia da ressurreição após a morte, o juízo Final e a salvação ou condenação por esse juízo Final.
E é assim que o crente cumpre suas obrigações mesmo quando ele tem a oportunidade de as violar impunemente, e se abstém de causar danos aos outros apesar de todas as tentações e de contar seguramente estar livre de qualquer risco de represália.  
Essa tríplice sanção por qual os governantes são sujeitos em condições de igualdade à lei geral, às sanções materiais e também às sanções espirituais, cada elemento servindo para fortalecer a eficácia do anterior, tenta assegurar no Islam a observância máxima das leis e a realização plena dos direitos e deveres de todos. 

A Legislação 

Para melhor compreender as implicações da afirmação de que Deus é o supremo Legislador, precisamos meditar sobre os diversos aspectos da questão.  
O Islam acredita no Deus Único, o Qual não só é o Criador de todas as coisas, mas também o Provedor, o sine qua non da existência de todo o universo. Ele não é "posto no rol de aposentados" após ter criado tudo que Ele criou. O Islam acredita mais, que Deus transcende muito além da percepção física do homem, e de que Ele é Onipresente, Onipotente, Justo e Misericordioso.
Além de, por Sua clemência ilimitada, ter Ele dado ao homem não somente a razão como também de ter mandado mensageiros escolhidas entre os próprios homens, instruindo quais as direções que são mais sábias e mais úteis à sociedade humana. Deus é Transcendente, Ele envia as Suas mensagens aos Seus escolhidos por meio de portadores de mensagens celestiais intermediários.  
Deus é Perfeito e Eterno. Entre os homens, pelo contrário, há unia constante evolução. Deus não muda as Suas opiniões, mas exige dos homens somente aquilo de que são capazes dentro das suas capacidades individuais. É por isso que há divergências, pelo menos em certos detalhes, entre as legislações, que reivindicam para si próprias o de serem baseadas nas revelações Divinas. Em assuntos legislativos, a última lei revoga e substitui as que a antecederam; o mesmo é verdadeiro com respeito às revelações Divinas.  
Entre os muçulmanos, o Alcorão, que é um livro escrito na língua árabe, é a Palavra de Deus, uma revelação Divina recebida pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus esteja sobre ele); e destinada aos seus seguidores. Além disso, em sua qualidade de Mensageiro de Deus, Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus esteja sobre ele); explicou o texto sagrado, e acrescentou outras diretrizes que estão registradas nas Tradições ou coleção dos seus relatos, ditos e atos.
Seria desnecessário dizer que as leis promulgadas por determinada autoridade só podem ser revogadas por ela mesma ou por uma autoridade superior, mas nunca por uma menor. Assim, a revelação Divina só pode ser revogada por uma outra posterior revelação Divina. Do mesmo modo, as diretrizes do Profeta só podem ser modificadas por ele próprio ou por Deus, mas não por qualquer dos seus discípulos ou outros. Mas este aspecto teórico de rigidez se transforma numa prática bastante elástica no Islam, para que os homens possam adaptar-se às exigências e às circunstâncias:
1) As leis, mesmo aquelas de origem Divina ou emanadas do Profeta, não têm, todas elas, o mesmo âmbito. Já vimos que somente algumas delas são obrigatórias; outras são apenas recomendadas, enquanto no restante dos casos, a lei permite' ampla extensão aos indivíduos. Um estudo das fontes mostrará que as regras da primeira categoria a das obrigatórias, são muito poucas; as recomendações são em número um pouco maior; e os casos em que o texto é silente são inúmeros;  
2) Uma autoridade inferior não modifica a lei, mas pode interpretá-la. O poder da interpretação não é monopólio de qualquer pessoa no Islam; qualquer um que tenha feito um estudo especial da matéria tem o direito de fazê-lo. Uma pessoa doente jamais irá consultar um poeta, nem mesmo um que tenha sido laureado com o prêmio Nobel; para se construir uma casa, não consultamos um cirurgião, e sim, a um engenheiro; do mesmo modo, para as questões legais, precisamos estudar as leis e aperfeiçoar nosso conhecimento do assunto; a opinião das pessoas não qualificadas será apenas aventureira. As interpretações dos especialistas mostram as possibilidades de adaptar até a lei Divina às circunstâncias; por Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus esteja sobre ele); ter sido o derradeiro dos profetas e ter deixado este mundo como qualquer mortal, não há mais nenhuma possibilidade de receber uma nova revelação de Deus para decidir problemas surgidos pela divergência das interpretações. Devem evidentemente existir tais divergências, pois nem todos os homens pensam do mesmo modo. Pode-se ressaltar que os juízes, jurisconsultos e outros juristas também são seres humanos; e se eles divergem entre si, não será o público em geral o que terá maior autoridade de decisão. Num litígio judicial, deve ser obedecido o juiz-, em outros casos, as escolas que se dedicam ao estudo e interpretação das leis recebem a preferência aos olhos dos que seguem a respectiva escola e assim por diante;
3) Foi o próprio Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus esteja sobre ele); quem enunciou a regra de que; "Meu povo jamais será unânime em relação a um erro". Tal consenso tem grandes possibilidades de desenvolver a lei islâmica, e adaptá-la de acordo com a mudança das circunstâncias; 
4) Um famoso incidente da vida do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus esteja sobre ele); merece ser relatado aqui, Moaz Ibn Jabal, um juiz designado do Iêmen, visitou o Profeta para se despedir dele antes de seguir para o seu posto. A seguinte conversação teve lugar entre os dois: "Com que fundamentação irás decidir os litígios? De acordo com as previsões contidas no Livro de Deus (o Alcorão)! E se não encontrares nenhuma provisão nele? - Então de acordo com a conduta do Mensageiro de Deus (Muhammad)! - E se nem aí encontrares exemplo apto? - Bem, então usarei a minha própria diligências. O Profeta ficou tão feliz com estas respostas que, longe de repreendê-lo, exclamou: "Deus seja louvado, Que guiou o mensageiro do Seu Mensageiro ao que mais agrada o Mensageiro de Deus!"  
Esta diligência pessoal de opinião e bom-senso por parte de um homem honesto e consciencioso não só é uma maneira de desenvolver a lei, mas também um recipiente da bênção do Profeta; 
5) Podemos recordar que, na legislação de um problema novo, na interpretação de um texto sagrado, ou em qualquer outro caso de desenvolvimento da lei islâmica, mesmo quando isto tenha sido feito com base numa consulta de consenso, sempre há a possibilidade de que uma regra adotada num processo venha a ser substituída por outra regra, por outros juristas que se utilizem dos mesmos métodos.
A história tem demonstrado que o poder de "legislação" deve, no Islam, ser confiado a sábios particulares, para que estes estejam isentos da interferência oficial. Tal legislação não deverá sofrer a influência da política quotidiana, nem atender a interesses de quaisquer pessoas em particular, mesmo que essa seja um chefe do Estado.
Os juristas, sendo todos iguais, cada um deles pode livremente criticar a opinião do outro, tornando possível, desse modo, o exame de todos os aspectos de relevo de um problema, quer de pronto, quer no curso de gerações seguintes, até que se alcance a melhor solução.
Vimos assim que a origem divina da legislação islâmica não a torna despropositadamente inflexível. O que é mais importante ainda é que esta qualidade de origem divina da lei inspira aos fiéis um respeito maior pela lei, tornando possível ser ela observada mais consciente e escrupulosamente. Podemos acrescentar que os juristas dos tempos clássicos haviam declarado unanimemente que: "Tudo que os muçulmanos consideram bom, o é também aos olhos de Deus."
Mesmo que isso não se refira a qualquer dito do próprio Profeta. O consenso, à luz de tal interpretação, implica que mesmo as conclusões dos sábios leigos, envolve aprovação Divina, um fato que só acrescenta ao respeito pela lei aos olhos dos homens. 

A Administração da Justiça

Uma característica da legislação alcorânica neste sentido é a autonomia judiciária das diferentes comunidades componentes. Longe de impor a lei alcorânica a todos, o Islam admite e até encoraja que cada grupo, cristão, judeu, masdeísta, ou de outros, mantenha seus próprios tribunais, presididos por seus próprios juízes, de sorte a que se apliquem as suas próprias leis em todos os ramos do direito, civil como criminal.
Se as partes em disputa pertencerem a comunidades diferentes, uma espécie de lei internacional privada decide o conflito entre as leis. Ao invés de buscar a absorção e assimilação de todos dentro da comunidade "governante", o Islam protege os interesses de todos os seus súditos.
Quanto à administração da justiça entre os muçulmanos, a parte de sua simplicidade e rapidez, a instituição da purificação das testemunhas merece ser mencionada.
Note-se que, na realidade, os tribunais de todas as localidades, organizam arquivos que registram a conduta e hábitos de todos os habitantes, para saber sempre que necessário, se uma testemunha é confiável.
Não se deixa por conta da outra parte apenas derrogar o valor de um testemunho. O Alcorão diz que, se alguém ataca a castidade de uma mulher e não prova sua acusação pelos meios exigidos pelo tribunal, essa pessoa não somente é punida, mas passa a constar, para sempre, como indigna de testemunhar nos tribunais. 

Origem e Desenvolvimento da Lei 

O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus esteja sobre ele); ensinou dogmas teológicos aos seus seguidores; ele também lhes deu leis referentes a todas as atividades da vida, individuais ou coletivas, seculares assim como espirituais; além disso, ele criou um Estado a partir do nada, ao qual ele administrou, organizou exércitos aos quais comandou, estabeleceu um sistema diplomático e de relações exteriores ao qual controlou; e, se surgiam litígios, era ele quem os decidia para os seus "súditos".
Portanto, é à figura dele mais do que qualquer outra, que devemos nos voltar para estudar a origem da lei islâmica. Ele nasceu de uma família de mercadores e caravaneiros domiciliados em Makkah. Em sua juventude, ele havia visitado as feiras e mercados do Iêmen e da Arábia Oriental assim como da Palestina.
Seus contemporâneos costumavam também viajar para o Iraque, Egito e Abissínia para comerciar. Quando ele iniciou sua vida missionária, a violenta reação dos seus compatriotas obrigou-o a se exilar e domiciliar-se em outra cidade, Madina, onde o principal meio de subsistência dos habitantes era a agricultura.
Ali ele organizou a vida estatal; estabeleceu primeiro uma cidade-estado, que foi gradativamente transformada em um Estado que se estendia, à época de sua morte, por toda a Península Arábica além de algumas partes do Sul do Iraque e da Palestina.
A Arábia era atravessada por caravanas internacionais. É bem conhecido que os Sassânidas e os Bizantinos haviam ocupado algumas regiões da Arábia, e estabelecido colônias ou protetorados. As feiras, principalmente as da Arábia Oriental, atraíram mercadores da índia, China, e "do Leste e do Oeste", como descreveram Ibn Al-Kalbi e Al-Mas'udi.
Na Arábia não havia somente nômades, mas também povos sedentários como os Iamanitas e os Lihianitas, que haviam desenvolvido civilizações que datavam desde muito antes da fundação das cidades de Atenas e de Roma.
As leis que prevaleciam no país foram transformadas com a chegada do Islam em atos estatais de legislação; e o Profeta detinha, de parte de seus seguidores e súditos, a prerrogativa não só de modificar os velhos costumes, mas também de promulgar leis completamente novas.
Sua condição de Mensageiro de Deus era a razão principal do imenso prestígio de que desfrutava. Tanto era assim, que, não apenas o que ele dizia, como todos os seus atos, tornavam-se lei para os muçulmanos em todas as sendas da vida; até o silêncio dele implicava que ele não se opunha a algum costume que fosse praticado à sua volta por seus seguidores.
Essa fonte tríplice de legislação sejam, sua palavras, que se baseavam sempre nas revelações Divinas, seus atos e sua aprovação tácita das práticas e costumes de seus seguidores, tem sido preservada para nós no Alcorão e nas tradições. Ainda em vida dele, começou a germinar uma outra fonte ainda, constituída das deduções e elaborações das regras, nos casos em que a legislação silenciosa, o que era feito pelos juristas que não fossem chefes de Estado.
Havia juízes e jurisconsultos ao tempo do Profeta, até na metrópole, para não se falar dos centros administrativos das províncias. já mencionamos as instruções levadas por Moaz quando este foi enviado ao Iêmen como juiz. Havia casos em que os funcionários das províncias requeriam instruções do governo central, o qual também tomava a iniciativa e intervinha nos casos de decisões incorretas de seus subordinados, sempre que estas chegavam ao conhecimento da autoridade mais alta.
A ordem para alterar ou modificar os costumes e práticas antigas, ou para a islamização da lei de todo o país, só poderia se consolidar gradativamente, por que os juízes não intervinham senão nos casos que lhes eram submetidos; devem ter sido numerosos os casos que não lhes foram submetidos, sendo resolvidos pelos litigantes de acordo com a conveniência destes, à parte da lei. 
A morte do Profeta marca o cessar das revelações Divinas que possuíam a força de ordenar toda a lei, revogando ou modificando todos os costumes ou práticas antigas. Daí em diante, a comunidade muçulmana se viu obrigada a se contentar com a legislação já passada pelo Profeta, e com os meios autorizados para o desenvolvimento da lei autorizada pela própria legislação.  
Dessas (leis reveladas), as mais importantes talvez tenham sido as seguintes. Por diversas vezes, o Alcorão, depois de instituir determinadas proibições, acrescenta explicitamente que tudo o mais é lícito (no domínio envolvido). De maneira que, tudo aquilo que não contraria a legislação emanada do Profeta, é permissível, constituindo-se em lei positiva.
As leis e até os costumes de países estrangeiros sempre serviram de matéria prima aos juristas muçulmanos, de onde eles extraíam aqueles que eram incompatíveis com o Islam, considerando lícitos os demais. Essa fonte é permanente.  
Outra fonte, talvez surpreendente, é a diretriz fornecida pelo Alcorão, de que as revelações Divinas recebidas por profetas anteriores e cita diversos, como por exemplo, Enoch, Noé, Abraão, Moisés, Davi, Salomão, Jesus Cristo, João Batista (que a Paz esteja sobre eles); são também válidas para os muçulmanos.
Porém que essa diretriz se restringia às revelações comprovadas sem margem de dúvida, isto é, aquelas explicitamente reconhecidas pelo Alcorão ou pelas tradições. A lei do talião do Pentateuco é um caso mencionado no Alcorão. 
Passados apenas quinze anos da morte do Profeta, vemos os muçulmanos governando em três continentes, em vastos territórios da Ásia e da África, e na Andaluzia na Europa. O Califa Umar achou que o sistema fiscal dos sassânidas era bom e o manteve nas províncias do Iraque e do Irã; já o sistema fiscal dos bizantinos ele achava opressivo, por isso modificou-o na Síria e no Egito; e assim por diante.
Todo o primeiro século da Hégira foi um período de adaptação, consolidação e transformação. Os documentos escritos em pergaminhos encontrados no Egito nos informam de muitos aspectos da administração egípcia. já a partir do segundo século da Hégira, passamos a ter códigos de leis, compilados por juristas privados, tendo um dos primeiros sido o de Zaid Ibn ‘Áli, que morreu no ano 120 da Hégira.
 Os antigos chamavam o Iêmen de "Arábia Felix", e não sem uma razão. Suas condições gerais e físicas, deram-lhe na antigüidade pré-cristã, uma superioridade incomparável sobre as outras regiões da Arábia, no que diz respeito à cultura e civilização; sua riqueza, testada pela Bíblia, era legendária, e seus reinos, poderosos.
No início da era cristã, uma onda de emigração levou certas tribos Iamanitas para o Iraque, onde elas fundaram o Reino de Hira, que ficou célebre por estimular as letras, e que continuou a existir até a aurora do Islam. Nesse meio tempo, o Iêmen conheceu o domínio dos judeus (sob domínio de Dhul-Nawas); a dominação cristã (pelos abissínios), seguida da ocupação do Irã pelos masdeístas ou parsis, que, por sua vez deram lugar ao Islam.
Os Iamanitas, influenciados por todas essas sucessivas interações e tensões, foram persuadidos pelo Califa Umar a emigrarem novamente para o Iraque para colonizá-lo, especialmente a região de Kufa, que era uma cidade nova construída sobre as ruínas da antiga Hira. Umar enviou Ibn Mas'ud, um dos mais eminentes juristas de entre os companheiros do Profeta, para organizar lá uma escola.
Seus sucessores nessa escola, Ibrahim An- Nakhai, Hammád, e Abu Hanifa foram todos, graças ao acaso da providência, especialistas em leis. Entrementes, ‘Ali, outro grande jurista dentre os companheiros do Profeta, transferiu a sede do califado de Madina para Kufa. Não é de surpreender, portanto, que esta cidade tornou-se o berço de tradições ininterruptas, adquirindo uma reputação crescente em matéria de leis.  
A ausência de qualquer interferência de autoridade central na liberdade de opinião dos juízes e juristas, provou favorecer enormemente o rápido progresso dessa ciência; mas também tinha suas inconveniências. Na realidade, um administrador experimentado e altamente conceituado como Ibn Al-Mukaffa’ reclamava, no início do segundo século da Hégira, da existência de uma quantidade enorme de divergências nas leis muçulmanas casuísticas, penais, leis da condição pessoal e outros ramos da legislação, especialmente em Hira e Kufa; e sugeriu ao Califa a criação de uma instituição superior para a revisão das decisões do judiciário, visando a imposição de uma lei única e uniforme em todas as partes do reino.
A sugestão foi abortiva. Seu contemporâneo, Abu Hanifa, cioso da liberdade da ciência, e zeloso de mantê-la a distância dos tumultos da política continuamente mutante, criou, ao invés, uma academia do direito. Composta de quarenta membros, sendo cada um especialista em alguma ciência relacionada com o direito, tal como a exegese do Alcorão, das tradições, a lógica, a lexicologia, etc.
A academia dispôs-se a uma profunda avaliação da legislação casuística da época, e empreendeu a codificação das leis, ela tentou também preencher as lacunas das leis muçulmanas a respeito de pontos sobre os quais não existiam nem precedentes no direito casuístico, nem textos que emitissem um parecer aplicável. Um dos seus biógrafos afirma que Abu Hanifa (falecido em 150 da Hégira) havia promulgado meio milhão de regras (ver Almuwaffak, 11, 137). 
Málik em Madina, e Al-Auza'i na Síria, empreenderam ao mesmo tempo um trabalho semelhante, porém eles dependiam somente de seu próprio conhecimento exclusivo e recursos pessoais. Se Abu Hanifa enfatizava a racionalização independente de recurso ao Alcorão e às tradições como bases da lei Málik preferia espelhar-se na população de Madina cidade impregnada pelas tradições do Profeta para emitir suas interpretações dedutivas ou lógicas.  
O Alcorão foi "publicado" apenas alguns meses após a morte do Profeta. A tarefa de coligir os ditados e atos do Profeta bem como os exemplos de sua aprovação tácita da conduta de seus companheiros, material esse que é chamado por tradições, foi empreendida por algumas pessoas ainda estando vivo o Profeta, e posteriormente, após sua morte, por muitas outras pessoas.
Mais de cem mil dos companheiros do Profeta deixaram valiosas tradições para a posteridade, baseadas em tudo que pudessem lembrar sobre o assunto. Alguns transcreviam essas recordações e outros as transmitiam oralmente. O material de grande valor legislativo estava naturalmente disperso pelos três continentes onde os companheiros do Profeta haviam-se domiciliado no tempo dos califas Umar e Uthman.
Nas gerações que se seguiram, os pesquisadores compilaram tratados, inclusive mais abrangentes, baseados na amálgama das coleções de memórias pessoais dos Companheiros do Profeta.
A avaliação da lei casuística e a codificação das tradições foram completadas como obras paralelas na mesma época, porém uma ignorava e colocava em suspeição a outra. Ach-Cháfi'i nasceu no ano em que Abu Hanifa morreu.
As diferenças mútuas ou polêmicas levaram os juristas a buscar um conhecimento mais profundo das tradições, e os especialistas em tradições a catalogar os dados sobre os ditados e atos do Profeta, a avaliar os méritos individuais de suas origens de transmissão, e a determinar o contexto e a época dos ditos do Profeta para deduzir o conteúdo legislativo deles.
Ach-Cháfi'i especializou-se simultaneamente em direito e nas tradições, e graças às suas elevadas qualidades intelectuais e sua diligência, foi possível descobrir uma síntese entre as duas disciplinas. Ach-Cháfi'i foi o primeiro, na história mundial, a criar uma ciência abstrata do direito, distinguíndo-a das leis no sentido estrito de regras aplicadas em um país.
Outra grande escola (ou tradição) de direito foi fundada por Jaafar As-Sádik, descendente de ‘Ali e contemporâneo de Abu Hanifa. A evolução do direito de herança nessa escola, de um modo especial, deveu-se mais a razões de caráter político. Abu Hanifa, Málik, Ach-Cháfi'i, Jaafar As-Sádik e diversos outros juristas, deixaram, cada um, sua própria escola de direito.
Os seguidores dessas escolas formam sub-comunidades do Islam nos tempos atuais, porém, as diferenças que existem entre estas, tem menos influência ainda que a das escolas filosóficas. Com a passagem dos séculos, tornou-se uma experiência comum constatar que alguns Chafi'itas divergem de Cháfi'i em certos pontos da lei, concordando sobre estes com Málik ou com Abu Hanifa, e vice-versa.
Como acabamos de ver, o Império Muçulmano se estendeu desde logo através de imensos territórios, que eram anteriormente governados por diferentes sistemas legais, como por exemplo, os iranianos, os chineses, os hindus, os bizantinos, godos e outros, e a estes foram acrescentadas as contribuições locais dos primeiros muçulmanos da Arábia.
A possibilidade de qualquer sistema legal estrangeiro em especial, ter o monopólio de influenciar o direito muçulmano está, portanto excluída. Entre os fundadores das escolas também constatamos que Abu Hanifa era de origem persa e Málik, Ach-Cháfi'i e Jaafar As-Sádik eram árabes. O biógrafo Ad-Dhahabi relata que Al-Auza'i vinha originalmente do Sind; e nas gerações subseqüentes, surgiram juristas muçulmanos em todas as raças.
O desenvolvimento do direito muçulmano foi portanto um empreendimento ‘’internacional’’, no qual participaram juristas muçulmanos de variadas origens étnicas, falando idiomas diferentes, e seguindo costumes diferentes.
É um fenômeno constatado em todos os países que certos chauvinistas, e aqueles que carecem de um pensamento independente, desejam sacrificar o espírito, se apegando à letra dos mestres antigos, enquanto outros se aventuram no inconformismo.
São os meio-termos que, entretanto devem prevalecer! Um espírito sem complexo de inferioridade, mas munido das informações necessárias, e dotado ao mesmo tempo da devoção de um crente praticante, nunca terá dificuldade em reconhecer que a interpretação não só é prática, como razoável, a ponto de ser capaz até de modificar as opiniões defendidas pelos antigos. Repare a convicção e segurança com que o grande jurista Pazdawi nos diz que não só as opiniões pessoais, como até o consenso dos tempos antigos, podem ser modificados por um consenso moderno.
Conclusão
O direito muçulmano começou como a lei do estado e da comunidade governante, e serviu aos propósitos dessa comunidade enquanto o domínio muçulmano cresceu em dimensões e se estendeu desde o Atlântico ao Pacífico. Ele tinha urna capacidade inerente para se desenvolver e se adaptar às contingências do tempo e do clima. Ele não perdeu o seu dinamismo nem mesmo nos dias atuais; na realidade, está recebendo um reconhecimento cada vez maior como força ativa para o bem, dos países muçulmanos que estiveram antes sob o domínio estrangeiro político e conseqüentemente, jurídico e que atualmente estão tentando reintroduzir a Chari'ah em todas as atividades da vida.

A Mesquita
A Mesquita é um lugar sagrado para os muçulmanos, é onde os  muçulmanos se congregam para realizar as suas orações diárias. A palavra " Mesquita " é uma tradução do árabe; Masjid, que quer dizer um lugar de prostração.

Qual a Importância da Mesquita ?
As Mesquitas foram as primeiras instituições de ensino para os muçulmanos; a Mesquita é o lugar onde se aprende sabedoria e virtudes.O profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), costumava, ao término da oração da Alvorada, em sua Mesquita, ser procurado pelos freqüentadores para aprender os assuntos de sua religião.
Desde o alvorecer do Islam, a Mesquita é uma escola, sendo assim ela representa desta forma, o primeiro instituto de ensino no Islam, nas Mesquitas os muçulmanos, desde os tempos mais remotos, aprendemos princípios e a pratica de sua religião.
O Alcorão Sagrado define como sendo o objetivo mais importante da missão do profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), depois da transmissão dos versículos do Alcorão Sagrado, a reformulação da vida dos indivíduos de acordo com a revelação Divina e promove-los, espiritual e materialmente, à luz dos versículos Sagrados.
O profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), insistia na necessidade de todo muçulmano assistir às sessões de ensino nas mesquitas, a este respeito Abu Huraira (que Deus esteja satisfeito com ele), afirma ter ouvido o profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele),dizer:
''Todas as vezes que um grupo de pessoas se reunir em uma das casas de Deus (referindo-se as Mesquitas), para recitar o Livro de Deus (o Alcorão Sagrado) e estudá-lo, a serenidade e a tranqüilidade Divina os cobre, a Misericórdia de Deus os envolve e os Anjos os cercam, e Deus os menciona junto aos que estão perto dele (os Anjos prediletos).'' (relatado por Muslim)
Em outra tradição, narrada por Utba Ibn Amr (que Deus esteja satisfeito com ele), relata:
Certa vez ao entrar na Mesquita, o profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), encontrou-nos na As-Suffa (lugar na mesquita que era reservado aos hospedes), e disse:
Quem de vós gostaria de poder ir todo dia de manhã ao vale de Bathan ou de Al Akik (dois vales perto da cidade de Madina), e poder trazer duas camelas robustas (o bem mais valioso do deserto), sem que seja produto de roubo ou algo ilícito?''
Respondemos: Ó mensageiro de Deus, todos nós gostaríamos de uma coisa dessa !
Disse-nos, então: ''Porque, então, vocês não vão todo dia de manhã à mesquita para aprender ou ler, nem que seja dois versículos do Livro de Deus (Alcorão Sagrado), isso é melhor que duas camelas, três são melhores do que três camelas, quatro são melhores do que quatro camelas.'' (relatado por Muslim)
Sahil Ibn Saad relata Ter ouvido o profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), dizer:
''Quem for de manhã à Mesquita sem outro objetivo a não ser o de aprender um conhecimento útil ou ensiná-lo, a sua recompensa é igual a de um peregrino que cumpriu Por completo a peregrinação'' (relatado por Thabit)
O profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), costumava sentar-se na Mesquita com seus discípulos, e esses em volta dele em forma de um circulo, todos corriam para essas reuniões e competiam em sentar o mais perto possível do profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), para maior aproveitamento de suas palavras.
A esse respeito Abu Wakid Al Harith Ibn Auf relata a seguinte tradição:
''Certa vez o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), enquanto estava sentado na Mesquita e as pessoas em volta dele, entraram no templo três indivíduos. Dos quais dois se aproximaram do grupo, um dele sentando bem próximo do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele); um deles viu um espaço entre as fileiras e ali sentou; e o terceiro acabou saindo da Mesquita. Quando o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), terminou a sua fala, disse aos presentes: o exemplo desses três é o seguinte: um deles procurou refugio junto a Deus e deus lhe deus refugio, o segundo respeitou a Deus, e Deus o respeitou; quanto ao terceiro esse deus as costas para Deus e Deus lhe deu as costas.'' (relatado por Bukhari)
Entende-se evidentemente desta tradição que Deus recebe cada um conforme as suas intenções.
Tradição Consolidada
Depois de sua morte, os companheiros do profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), preservaram a tradição de se reunirem na Mesquitas do Profeta para ensinar a sabedoria Islâmica a quem procurasse, a este respeito Abu Huraira (que Deus esteja satisfeito com ele), disse que certa vez passou Por um mercado na cidade de Madina e chamou em voz alta os freqüentadores do lugar:
''Porque sois incapazes?''
As pessoas disseram:'' O que você quer dizer com isto ó Abu Huraira ?''
Ele, então respondeu:''A herança do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), está sendo partilhada, porque vocês não vão tomar a sua parte?''
Dissera:''E onde isto está acontecendo?''
Ele respondeu: ''Na Mesquita.''
Todos foram às pressas em direção a Mesquita e Abu Huraira ficou no mesmo lugar, esperando que eles voltassem, e não demorou muito para todos voltarem.
Perguntou-lhes em voz alta:''O que há com vocês?''
Disseram:''Fomos até a Mesquita, entramos e não achamos nada sendo distribuído !''
Disse-lhes então:''Acaso vocês não viram ninguém na Mesquita?''
Responderam:''Vimos pessoas rezando, outras lendo o Alcorão e outros tratando da jurisprudência religiosa, do lícito e do ilícito.''
Disse Abu Huraira:''E o que é a herança do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), se não essa !'' (relatado por Tabarani)
As Mesquitas são verdadeiramente as casas de Deus na terra para congregar os homens a fim de cumprirem os preceitos divinos da oração. É o local aonde os muçulmanos se congregam para realizar as suas orações diárias e para as orações de Sexta-feira. Diz deus no Alcorão Sagrado:
"Ó crentes quando fordes convocados para a oração de Sexta-feira, recorrei à recordação de Deus e abandonai vossos afazeres; isto será preferível se quereis saber. Porém, uma vez observada a oração, dispersai-vos pela terra e procurai as dádivas de Deus e mencionai freqüentemente a Ele para que prospereis”.  (Alcorão Sagrado, Surata Al Jumu'ah 62ª, versículos 9 e 10)
O muçulmano não deve perder em nenhuma ocasião de orar em congregação, cada vez que tal ocasião se apresentar. A oração em congregação é uma brilhante demonstração da unidade de objetivo e ação, da piedade e humildade coletiva perante Deus, e solidariedade afetiva entre muçulmanos.
A congregação islâmica nas Mesquitas é uma resposta positiva aos problemas mais urgentes da humanidade, causados pela discriminação racial, os conflitos sociais e os preconceitos humanos.
No ofício islâmico, em congregação, não há reis e súditos, nem pobres e ricos, nem brancos e negros; não há primeira ou Segunda classe, nem bancos dianteiros ou traseiros, nem assentos reservados ou públicos. Todos os crentes ficam de pé e agem lado a lado, da maneira mais disciplinada e exemplar, longe de qualquer consideração mundana.
As orações prescritas ao muçulmano são em número de cinco, se não há possibilidade de realizá-las nas Mesquitas, podem ser efetuadas em qualquer lugar onde o fiel estiver quando a oração está no seu horário preceituado.
As Mesquitas organizam a vida espiritual e moral do homem de maneira a fornecer-lhe plenamente o alimento espiritual necessário à piedade e probidade à segurança e à paz. É nas Mesquitas que o Imam, através de seus sermões ''Khutba'', prega a obediência a Deus.
A lei islâmica ordena ao homem que faça o bem e rechace o que é repreensível; é também obrigatório para os muçulmanos incutir o bom comportamento a seus familiares e companheiros. Além das boas práticas que são mencionadas nos sermões do Imam há também a advertência para rejeição do repreensível.
É com razão que os muçulmanos não consideram o Islam apenas como um ideal abstrato destinado somente à oração imaterial. O Islam é um código de vida, uma força ativa que se manifesta em todos os campos da vida humana.
Assim sendo, a vida espiritual islâmica assenta em sólidos alicerces e rege-se por instruções divinas. O sistema espiritual do Islam é único na sua estrutura, funcionamento e finalidade. Cada ação individual ou coletiva deve inspirar-se e guiar-se pela lei de Deus. O Alcorão é o Livro Sagrado que Deus escolheu para os seus verdadeiros servos.
Assim sendo, afirmamos que orar coletivamente nas Mesquitas, qualquer que seja a oração prescrita é mais meritório, que as orações isoladas ou individuais.
No entanto, Deus Glorificado seja Seu Nome, preceituou-nos as orações coletivas de Sexta feira até o Dia da Ressurreição. O estabelecimento e a obrigatoriedade da Oração de Sexta-feira nas Mesquitas foi anunciada pelo Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) nestes termos:
"Sabei que Deus vos prescreveu a oração da Sexta-feira neste lugar, neste dia, neste mês e a partir deste ano, até o Dia da Ressurreição.
Finalmente, afirmamos seguramente que a Sexta-feira é um dos dias resplandecentes do Islam.
Imam
O Imam é o líder espiritual, o guia no contexto islâmico, o Imam é a pessoa que tem a incumbência de dirigir as atividades superiores de uma Mesquita. O Imam é um homem que pode possuir família, pois o Islam não admite em hipótese alguma o celibato.
Sua função primordial nas Mesquitas é liderar os fiéis nas orações, no entanto, antes das orações profere um sermão no qual glorifica a Deus o Magnificente, enaltece a missão profética de Muhammadsaws2.gif (1107 bytes)(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), suplica a misericórdia de Deus para sua família, para seus seguidores e para seus nobres companheiros.
Não obstante, enquanto o Imam aguarda a hora da oração, o fiel ao chegar e antes de sentar para esperar a oração, faz-se duas genuflexões voluntárias ,como "Saudação à Mesquita". Porque o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes)(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), numa tradição, disse:
"Quando alguém de vós entrar na Mesquita, não deve sentar-se antes de ter praticado uma oração de duas prostrações”.
Depois disso, senta-se, e escuta atentamente a leitura do Alcorão, meditando sobre o sentido dos seus eloqüentes versículos. Se não encontrar leitor do Alcorão fazendo a leitura senta-se com bons modos e ocupe-se em meditar e invocar Deus de preferência em silêncio.
O Imam tem também sob sua responsabilidade a incumbência de realizar os casamentos entre os muçulmanos, segundo os mandamentos e normas estabelecidas no contexto divino islâmico. O serviço fúnebre é também de sua alçada, este serviço consiste em lavar o corpo do falecido, de perfumá-lo e de envolvê-lo com mortalha.
E praticar as orações fúnebres e acompanhar o sepultamento até seu último ato. Assim sendo, o Imam tem por dever de dissipar as divergências que surgem no meio da comunidade. Além de harmonizar as pessoas em conflito para superarem as discrepâncias. 

O Designer e a Aparência Das Mesquitas
Algumas características essenciais são comuns em uma Mesquita.
Mihrab
Dentro de uma mesquita, há um um salão de oração, constituído somente pelos artigos básicos necessários para a adoração dos muçulmanos. Uma característica comum de um salão de oração é um mihrab (figura 1), um nicho decorativo, na parede que indica a Qibla que deve estar direcionado no sentido da kaaba na cidade de Makkah.

Minbar
Na maioria das mesquitas há um minbar (figura 2), que é um púlpito, ao lado do mihrab usado pelo Imam (líder da oração) para os sermões antes das orações. O minbar é feito de madeira, de pedra, de mármore e de alabastro com decorações proeminentes.
Dikka
O Dikka (figura 3), é uma plataforma na linha com o mihrab, de onde os muezzins, fazem as chamadas, para o Sermão do Imam antes das orações na mesquitas.

TURQUIA

Uma característica comum nas mesquitas também são os pátios  usado pelos muçulmanos para se purificar (wudhu) antes das orações. Uma outra característica típica é o Minarete, uma torre delgada alta unida a mesquita, usado pelo muezzin para chamar os fiéis à oração. 

''Se tivessemos feito descer este Alcorão
sobre uma montanha, tê-las-ias visto
humilhar-se e fender-se, pôr temor a Deus.
Tais exemplos propomos aos humanos,
para que raciocinem."
( Alcorão Sagrado, 59ª Surata , versículo 21)
O Alcorão Sagrado
O Alcorão é a maior dádiva de Deus à humanidade e a sua sabedoria é de uma espécie única, exposto, em termos breves, o propósito do Livro consiste em ser o recepitor das revelações divinas, o qual restaura a eterna verdade de Deus, como guia da humanidade no caminho certo.
 
O Alcorão é a palavra de Deus revelada ao Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), através do Arcanjo Gabriel (que a Paz esteja com Ele), a qual ultapassa a imaginação humana para se produzir uma obra desta grandeza.
Os contemporâneos de Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), foram, sem dúvida, os maiores mestre da língua árabe com motivos para produzir um texto sem rival.
 
Mas eles não poderiam produzir nada como o Alcorão, em conteúdo e estilo, Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), não tinha preparação escolar formal, mas não fez segredo disso, o seu maior crédito era que sendo iletrado, viveu entre povo iletrado para ensinar a humanidade inteira, a verdadeira Mensagem de Deus para toda à humanidade. Este é o primeiro fato acerca do Alcorão ou seja a palavra de Deus.
 
O segundo fato acerca deste Livro é a autenticidade do seu conteúdo e a ordem em que estão distribuídas várias matérias, a autenticidade do Alcorão não deixa dúvidas pela sua pureza, originalidade e integridade do seu texto.
 
Investigadores e estudiosos qualificados, muçulmanos e não muçulmanos, concluiram, já que o Alcorão de hoje é o mesmo Livro que Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), recebeu, ensinou, por ele viveu, e o legou à humanidade há mais de 14 séculos.
 
Algumas observações podem ilustrar a autenticidade do Alcorão:
 
1º- O Alcorão foi revelado em fragmentos, a palavra Alcorão significa Livro por excelência.
 
Diz Deus no Alcorão:
 
''Eis o Livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Deus;'' (2ª Surata, versículo 2)
A composição do Alcorão e as revelações graduais das suas passagens foram os planos e desejos de Deus, desejos pelos quais Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), e os seus companheiros lutaram.
 
Diz Deus no alcorão:
 
''Os incrédulos dizem: Por que não lhe foi revelado o Alcorão de uma só vez? Saibam que assim procedemos para firmar com ele o teu coração, e o te ditamos em versículos, paulatinamente.'' (25ª Surata, versículo 32)
 
E disse ainda:
 
''Não movas a língua com respeito ao Alcorão para te apressares para sua revelação. Porque a Nós incumbe a sua compilação e a sua recitação;''  (75ª Surata, versículo 16-17)
 
2º- Os árabes distinguiram-se pelo seu apurado gosto literário, pelo que conseguiram gozar e apreciar as boas peças de literatura, que o Alcorão lhes facultou. Sentiram-se movidos pelo seu tocante tom e atraídos pela sua extraordinária beleza, encontrando nele a maior satisfação e a mais profunda alegria, ao ponto de memorizar a maior parte do Livro.
 
O seu estilo rítmico continua a ser admirado e acarinhado por todos os muçulmanos e por muitos não-muçulmanos.
 
3º- Hoje, muitos muçulmanos, homens e mulheres, fazem a recitação diária de uma parte do Alcorão, em orações e vigílias noturnas. A recitação do Alcorão é para os muçulmanos uma forma elevada de adoração e uma prática diária.
 
4º- Os árabes admiraram sempre bons poemas, distinguindo-se como autores de boa literatura, foram distinguidos pela sua sensibilizada memória em que a literatura ocupou sempre o lugar de relevo. O Alcorão foi reconhecido por todo povo árabe de gosto literário, como inimitável, por isso, eles apressaram-se a memorizá-lo, mas da mais notável e respeitosa maneira.
 
5º- Durante a vida do profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), houve escribas notáves e registradores nomeados para as revelações, quando o Mensageiro de Deus Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), recebia uma revelação um versículo ou uma mensagem de Deus através do Anjo Gabriel (que a Paz esteja com Ele), dava imediatamente instruções aos seus escribas para os registrar sob a sua supervisão.
 
O que era registrado era verificado e autenticado pelo profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele), todas as palavras eram revistas e cada passagem era posta na devida ordem.
 
6º- Passado algum tempo, as revelações completaram-se e os muçulmanos estavam de posse de registros completos do Alcorão, foram recitados, memorizados, estudados e usados para todos os propósitos diários. Quando uma discrepância surgia, o assunto era levado ao próprio profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), para se decidir se estava de harmonia com o texto, significado e entoação.
 
7º- Depois da morte de Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), o Alcorão estava confiado à memória de muitos discípulos e em numerosas tábuas de registro. Mas isso ainda não satisfazia Abu Bakr (que Deus esteja satisfeito com Ele), o primeiro Califa que receou que a morte de alguns memorizadores em batalhas, pudesse trazer sérias confusões acerca do Alcorão. Por isso, ele consultou autoridades especializadas e depois encarregou Zaid Ibn Thabit (que Deus esteja satisfeito com Ele).
 
O escriba chefe das revelações de Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), de fazer uma compilação padrão do Livro Sagrado, tal como foi autorizado pelo Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), sendo assim ele o fez, sob a supervisão dos companheiros do Profeta, que tinham ouvido e memorizado o Alcorão do próprio Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).
 
A versão completa e final foi verificada e aproveitada por todos os muçulmanos que tinham ouvido o Alcorão do próprio Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), e o guardavam na memória e no coração.
 
Isto aconteceu menos de dois anos após da morte do Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), as revelações estavam ainda frescas e vivas na memória dos escribas, memorizadores e outros discípulos mais chegados.
 
- Durante o califado de Uthman, cerca de quinze anos depois da morte de Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), ficou completa a compilação de várias revelações recebidas pelo Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), num Livro, o Alcorão.
 
Seguidamente, fez-se a primeira difusão de várias cópias do Alcorão, em diversos territórios, muitos dos habitantes nunca tinham visto ou ouvido o Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), por razões geográficas e fatores regionais, conheciam alguns textos do Alcorão com elevadas distorções de acentuação.
 
Diferenças de recitação e entoação começaram a surgir e a causar dicussões entre os muçulmanos, Uthman (que Deus esteja satisfeito com Ele), o segundo Califa atuou rapidamente para resolver esta situação, depois de mútuas consultas com todas as autoridades especializadas, foi constituída uma comissão de quatro escribas da época da revelação, que atuaram junto ao Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), na compilação do Livro Sagrado.
 
Todos os textos em uso foram recolhidos e substituídos por uma cópia padrão que passou a ser usada de acordo com a acentuação e dialeto árabe Coraixita, o mesmo e verdadeiro dialeto com acentuação do próprio Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).
 
Esse dialeto foi adotado porque era o melhor de todos os dialetos e o único no qual o Alcorão foi revelado, E a partir desta época, a mesma versão-padrão tem sido usado por milhões de muçulmanos em todas as partes do mundo, sem a mais pequena alteração em palavras ou ordem ou de quaisquer sinais de pontuação.
 
Por estas observações, os investigadores sérios concluem que o Alcorão se mantém hoje, tal qual, como quando a sua revelação e assim se conservará para sempre, nunca lhe foi acrescentado nada; nunca houve nele qualquer omissão ou corrupção, a sua história é tão clara como o dia; a sua autenticidade é indiscutivel, e não resta dúvida alguma de sua completa preservação.
 
O Alcorão está cheio de sabedoria sem exemplo; com respeito à sua origem, características e dimensões, a sabedoria do Alcorão deriva da sabedoria de seu autor que não poderia ter sido outro senão Deus Louvado Seja, o Todo Poderoso.
 
Também deriva da compulsória força do Livro de Deus que é inimitável, o qual é um desafio a todos os homens de letras e de conhecimentos, as soluções práticas que oferece para os problemas humanos e os nobres objetivos que contém para o ser humano, marcam a sabedoria do Alcorão como sendo de natureza e características especiais.
Dinamismo
 
Uma das maiores características da sabedoria do Alcorão é que não é estatíca ou do tipo que não consinta qualquer inovação, é uma espécie de sabedoria que provoca a mente e acelera o coração, nesta sabedoria misturam-se o dinamismo e a movimentada força atestada pela evidência histórica, tal como no próprio Alcorão.
 
Quando o Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), lançou primeiramente o chamamento de Deus, a sua única força foi o Alcorão e a sua única sabedoria foi a sabedoria do Alcorão, o dinamismo penetrante do Alcorão é tremendamente irresestível.
 
Há numerosos exemplos que mostram que as mais dinâmicas personalidades e os mais conclundentes argumentos não poderam atingir o realismo da sabedoria dinâmica do Alcorão, Deus fala do Alcorão como uma ''Ruh'', ou espírito de vida, e como uma luz com as quais os servos de Deus são guiados para o caminho da justiça.
 
Deus diz no Alcorão:
 
''E também te inspiramos com um Espírito, por ordem Nossa, antes do que conhecias o que era o Livro, nem a fé; porém, fizemos dele uma Luz, mediante a qual guiamos quem Nos apraz dentre Nossos servos. E tu certamente te orientas para uma senda reta. A senda de Deus, a quem pertence tudo quanto existe nos céus e na terra. Acaso, não retornarão a Deus todas as coisas?'' (42ª Surata, versículos 52-53)
 
As palavras ''Ruh'' e ''Sad'', que significam que o Alcorão origina a vida, estimula a alma, irradia a luz que ilumina os corações dos tementes a Deus, este é o gênero de dinamismo espíritual do qual nos fala o Alcorão.
 
Praticabilidade
 
Outra característica significativa do Alcorão é a sua praticabilidade, não condescente com opensamento ambicioso, nem faz com que os ensinamentos demandem o impossível ou futuem num mar de rosas de ideais que não se podem atingir.
 
O Alcorão aceita o ser humano pelo qu ele é e exorta-o a tornar-se o que ele pode ser, isto não torna o ser homano como uma criatura sem esperança, condenada desde a nascença até a morte e afogado em pecados desde o berço até o túmulo, mas considera-o como um ser honrado e dignificado.
 
A praticabilidade dos ensinamentos do Alcorão está estabelecida pelos exemplos doProfeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele),e os muçulmanos através dos anos, essa característica do Alcorão faz com que os seus ensinamentos estejam ligados ao bem estar do homem e são baseados nas possibilidades ao seu alcance.
 
Moderação
 
A terceira caracterítica do Alcorão é a moderação ou harmonia entre o Divino e o humano, o esp'ritual e o material, o individual e o coletivo, o Alcorão dá a devida atenção a todos os fatosda vida e a todas as necessidades do homem, de forma a ajudá-lo a realizar os nobres objetivos do seu ser.
 
Diz Deus no Alcorão:
 
''E, deste modo ó muçulmanos, constituímo-vos em uma nação de centro, para que sejais testemunhas da humanidade, assim como o Mensageiro o será para vós. Nós não estabelecemos a quibla que tu ó Muhammad seguias, senão para destinguir aqueles que seguem o mensageiro, daqueles que desertam, ainda que tal mudança seja penosa, salvo para os que Deus orienta. E Deus jamais anularia vossa obra, porque é Compassivo e Misericordiosíssimo para com a humanidade.'' (2ª Surata, versículo 143) 
 
E disse ainda:
 
''Sois a melhor nação que surgiu na humanidade porque recomendais o bem , proibis o ilícito e credes em Deus.'' (3ª Surata, versículo 110)
 
A sabedoria do Alcorão funciona em três dimensões principais: interiormente, exteriormente e superiormente.
 
Interiormente, penetra nos mais recôndits cantos do coração e dirige-se às mais longínquas profundezas do pensamento, está ligado à salutar cultura interior do indivíduo. Está penetração interior é diferente e afasta-se profundamentede qualquer outro sistema legal ou ético, porque o Alcorão fala em nome de Deus e refere-se a todos os assuntos.
 
A função exterior do Alcorão alberga todos os passos da vida e cobre os princípios de todo o camo das relações humanas, desde os casos mais pessoais às complexas relações internacionais.
 
O Alcorão atinge áreas desconhecidas para qualquer sistema jurídico ou código de ética, isso faz com que a presnça de Deus recaia em todos os negócios, e as reconheça como primeira origem de direção e a última meta de todas as transações, é um guia espíritual do homem, o seu sistema legislativo, o seu código de ética e acima de tudo o caminho da sua vida.
 
Na sua superior função de guardião, o Alcorão se assenta no Supremo Poder de Deus, tudo o que foi, ou é, ou que será, deve ser canalizado através deste foco da presença de Deus no Universo, o homem é meramente um depositário do vasto domínio de Deus e o único fim da sua criação é adorar a Deus.
 
Isto não épretexto para separação ou para uma passiva retirada da vida, é um convite aberto ao ser humano para ser a verdadeira encarnação na terra das excelentes qualidades de Deus.
 
Quando o Alcorão na sua superior atenção foca Deus, abrem-se diante do homem novos horizontes de meditação, eleva-se a padrões sem exemplo de alta moralidade, e familiariza-se com caminho eterno da paz e da bondade, realizando Deus só como a última de atingir pelo homem, é a revolução contra as tendências populares no pensamento humano e as doutrinas religiosas, uma revolução cujos objetivos é livrar o pensamento da dúvida, libertar a alma do pecado e emancipar a consciência da subjugação.
 
Em todas as suas dimensões a sabedoria do Islam é concludente, não condena ninguém, nem tortura a carne, nem faz com que ela abandone a alma, não pretende humanizar Deus e nem divinizar o ser humano, estátudo cuidadosamente colocado aonde pertence no esquema total da criação.
 
Há uma relação proporcional entre ações e recompensas, entre meios e fins, a sabedoria do Alcorão não é neutra e clama verdade no pensamento, piedade nas ações, unidade de propósitos e boa vontade nas intenções, este é sem dúvida o Livro, com seu rumo correto.
 
Diz Deus no Alcorão:
 
''Eis o Livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Deus;'' (2ª Surata, versículo 2)
 
E disse ainda:
 
''Alef, Lam, Ra. Um Livro que te temos revelado para que retires os humanos das trevas e os transportes para a Luz, com a anuência de seu Senhor, e os encaminhes até à senda reta do Poderoso, Laudabilíssimo.'' (14ª Surata, versículo1)
 
''Ó humanos, já vos chegou uma prova convincente de vosso Senhor e vos enviamos uma translúcida Luz.'' (4ª Surata, versículo 174)
 
''Não meditam, acaso, no Alcorão? Se fosse de outra origem, senão de Deus, haveria nele muitas discrepâncias.'' (4ª Surata, versículo 82)
 
''Este é o Livro (o Alcorão) veraz por excelência. A falsidade não se aproxima dele nem pela frente, nem por traz, porque é a revelação do Prudente, Laudabilíssimo.'' 
(Alcorão Sagrado 41ª Surata, versículos 41 e 42)
A Oração no Islam
A oração foi a primeira das adorações instituídas por Deus no Islam. E tamanha é a sua importância que foi a única que não foi transmitida ao Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), através do arcanjo Gabriel aqui na terra. A sua transmissão se deu no céu, feita diretamente por Deus ao Seu último mensageiro, nos eventos conhecidos como Al Isrá ''A viajem noturna'' e Al Miráj ''A ascensão''.
A oração é citada no Alcorão Sagrado mais de 117 vezes. A sua finalidade está expressa neste versículo.
"Sou Deus. Não há divindade além de Mim! Adora-Me, pois, e observa a oração, para celebrar o Meu nome." (Alcorão Sagrado 20:14)
A obrigatoriedade da oração veio expressa tanto no Alcorão como na Sunnah.
"A oração é uma obrigação prescrita aos crentes, para ser cumprida em seu devido tempo." (Alcorão Sagrado 4:103)
A forma de fazê-la nos foi passada pelo Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), através da Sunnah. Disse o Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
"Orai como me vistes orando."
A oração é considerada a base fundamental da religião. Disse o Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
"Quem celebra a oração constrói a religião e quem a derruba (deixa de cumprir) destrói a religião."
"Para o muçulmano cair na heresia e no ateísmo, basta somente que ele deixe de cumprir as orações."
Deus instituiu 5 orações diárias obrigatórias, onde o muçulmano estabelece um elo, uma ligação direta entre ele e Deus, sem a necessidade de intermediários para isto, onde ele expressa a sua gratidão e amor a Deus, fortificando, dessa forma, o coração, o corpo e o espírito.
A oração Islâmica é um conjunto perfeito, onde o muçulmano alcança diversos benefícios. Na parte espiritual, ele alcança paz de espírito elevando-o.
Na parte física, ele realiza um exercício diário, através dos seus movimentos, beneficiando com isso o seu corpo e é um estimulo à utilização da sua razão, a partir do momento em que tem que saber o que diz na oração, raciocinando em cima dos versículos que são recitados na oração.
"Ó fiéis, não vos deis a oração, quando vos achardes ébrios, até que saibais o que dizeis..."(Alcorão Sagrado 4:43)
Logo, o muçulmano que pratica as 5 orações diárias está reforçando, 5 vezes ao dia, a crença sobre a qual repousa a sua fé, pois a prática da oração é um dos maiores sinais de fé, e a prova mais óbvia da gratidão a Deus pelas Suas incontáveis graças.
Nesses momentos, o muçulmano é relembrado de que Deus o esta observando e ao seu comportamento diário. Assim, ele procurarará  afastar-se de tudo aquilo que é ilícito e fazer tudo aquilo que agrada a Deus.
"Recita o que te foi revelado do Livro e observa a oração, porque a oração preserva o (homem) da obscenidade e do ilícito; mas, na verdade, a recordação de Deus é o mais importante. Sabei que Deus está ciente de tudo quanto fazeis." (Alcorão Sagrado 29:45)
Disse o Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
''Aquele a quem a sua oração não preserva dos atos abomináveis e da prática do ilícito, afasta-se mais e mais de Deus."
Algumas pessoas ao praticarem as orações não conseguem alcançar esses benefícios, continuando a ter comportamentos ilícitos ou um caráter fraco, sendo que só adquirem o cansaço físico, pois as realizam sem presença de espírito, sem raciocinar em cima do que recitam e repetindo apenas movimentos mecânicos.
"Amparai-vos na perseverança e na oração. Sabei que ela (a oração) é carga pesada, salvo para os humildes, Que sabem que encontrarão o seu Senhor e a Ele retornarão." (Alcorão Sagrado 2:45-46)
Nós devemos ter sempre em mente que Deus não precisa da nossa oração, porque Ele está livre de qualquer necessidade. Nós, pelo contrário, é que precisamos dela pois ela nos traz inúmeros benefícios, como os já vistos, além de vários outros.
Como o de estar imprimindo a organização, a disciplina, a perseverança e a ordem na nossa vida. A oração nos treina todas as virtudes que tornam possível o desenvolvimento de uma pessoa feliz,  proporcionando-nos equilíbrio e paz interior.
O Islam é uma religião social, por isso, é uma doutrina que agrega e congrega, cria o grupo e a comunidade. O Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse:
"A oração em grupo é 27 vezes melhor do que a individual."
Logo, podemos verificar o estímulo à oração feita em grupo, onde os muçulmanos ficam alinhados em fileiras, simbolizando com isso a igualdade que prevalece entre todos quando estão diante de Deus, não havendo diferenças entre o rico e o pobre, o preto e o branco, nem privilégios do governante para o governado.
Além do mais, faz com que os muçulmanos se reencontrem pelos menos 5 vezes ao dia, fortificando, com isso, os laços de amizade. Por exemplo, ao constatarem a ausência de alguém que costuma ser assíduo nessas orações,  procuram-no para verificar se está doente ou necessitando de algo.
Embora a oração seja aceita por Deus em qualquer lugar, como nas nossas casas, local de trabalho,  etc., Deus nos orientou para que construíssemos locais como mesquitas para que estas orações em grupos pudessem ser realizadas.
"(Semelhante luz brilha) nos templos que Deus tem consentido sejam erigidos, para que neles seja celebrado o Seu nome e neles O Glorifiquem de manhã e à tarde." (Alcorão Sagrado 24:36)
"Sabei que as mesquitas são (casas) de Deus; não invoqueis, pois, ninguém, juntamente com Deus." (Alcorão Sagrado 72:18)
Disse o Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
"Para aquele que constantemente vai à mesquita, ou dela volta, Deus prepara uma mansão no Paraíso, tanto na ida como na volta." Relatado por Bukhári e Muslim.
E disse também:
"Quanto àquele que fizer corretamente a ablução em sua casa, em seguida fôr a uma das casas de Deus para realizar uma das orações obrigatórias, saiba que, por cada passo que der, ser-lhe-á perdoada uma falta ou ele será elevado em um grau." Relatado por Muslim.
A obrigatoriedade da oração recai sobre:
1- Os muçulmanos;
2- os que atingiram a puberdade;
3- os que gozam de plenas faculdades mentais.
As Condições Prévias Necessárias Para Validade Das Orações
1º- A purificação: tanto do local aonde  irá realizar-se a oração, como das roupas com as quais nós iremos rezar, como do nosso corpo através da ablução ou do banho.
Uma das condições para se efetuar as orações é que o local onde iremos orar esteja sem vestígios de impurezas como fezes, urina, saliva de cachorro, sêmen, álcool e sangue.
Da mesma forma, as roupas com as quais iremos orar, têm que estar sem os vestígios de impurezas já mencionados acima. E em relação ao nosso corpo, temos que fazer a ablução, que é uma lavagem parcial do corpo como descrito no versículo a seguir.
"Ó fiéis sempre que vos dispuserdes a observar a oração, lavai o rosto, as mãos e os antebraços até aos cotovelos; esfregai a cabeça, com as mãos molhadas e lavai os pés, até aos tornozelos..." (Alcorão Sagrado 5:6)
Esó teremos que renová-la para a próxima oração caso eu a quebre. Isso se dá em caso de urinar, defecar, soltar gazes, caso tenha um ferimento, por onde o sangue escorra, dormir, desmaio ou perda da consciência.
Existem situações em que, ao invés da ablução, eu tenho que tomar um banho completo para realizar as orações. Isto se dá em caso da ejaculação provocada ou involuntária, após as relações sexuais, ao término da menstruação e do pós-parto.
"Ó fiéis, não vos deis à oração, quando achardes ébrios, até que saibais o que dizeis, nem quando estiverdes polutos pelo dever conjugal - salvo se vos achardes em viagem - , até que vos tenhais higienizado..." (Alcorão Sagrado 4:43)
2º- Estar dentro do horário da oração: Deus prescreveu aos muçulmanos cinco orações diárias e determinou os seus respectivos horários, que são:
1º- A oração da Alvorada: que começa com o alvorecer do dia e termina ao nascer do sol.
2º- A oração do Meio-dia: que começa quando o sol atinge seu ponto culminante, com a sombra em zero graus e termina quando a sombra estiver do mesmo tamanho do objeto.
3º- A oração da Tarde: que começa quando a sombra do objeto estiver igual ao seu tamanho e termina quando a sombra se tornar o dobro do objeto.
4º- A oração do Pôr do Sol: ou do Ocaso, ou do Crepúsculo, que começa com o pôr do sol e termina com o desaparecimento do crepúsculo vermelho ou seja daquela luminosidade avermelhada.
5º- A oração da Noite: que começa quando se extinguir a última luz refletida do sol e termina com o raiar da aurora. Logo, não é permitido ao muçulmano fazê-las antes da entrada do seus respectivos horários.
"Observai a devida oração, porque ela é uma obrigação, prescrita aos fiéis para ser cumprida em seu devido tempo." (Alcorão Sagrado 4:103)
E quando o Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), foi indagado sobre a mais nobre das ações disse:
"A oração celebrada no seu tempo exato."
Alguns versículos referentes aos horários das orações:
"Glorificai, pois, Deus, quando anoitece e quando amanhece! Seus são os louvores, nos céus e na terra, tanto na hora do poente como ao meio-dia." (Alcorão Sagrado 30:17-18)
3º- Estar direcionado à Makkah: Os muçulmanos de todos os cantos do planeta, ao realizarem as suas orações, se voltam em direção a Makkah, simbolizando dessa forma a sua unidade. E seguindo a determinação de Deus, o Altíssimo:
"Orienta teu rosto (ao cumprir a oração) para a Sagrada Mesquita (de Makkah)! E vós (crentes), onde quer que vos encontreis, orientai vossos rostos até ela." (Alcorão Sagrado 2:144)
Quem desconhecer a sua direção deverá, através da dedução, direcionar-se para aquela que lhe parecer a mais acertada.
A título de curiosidade, os muçulmanos no início rezavam direcionados a Jerusalém. Somente no segundo ano da Hégira foi ordenado ao Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), mudar o seu direcionamento para Makkah.
4º- A intenção: Ter em sua mente, e em seu coração a intencão de se praticar a oração.
5º- E estar vestido adequadamente: O homem deve cobrir-se no mínimo do umbigo até o joelho, e a mulher o corpo todo com exceção do rosto, das mãos e dos pés. Ambos não deverão usar roupas transparentes ou apertadas que marquem o corpo.
A oração é a primeira coisa pela qual teremos que prestar contas no Dia do Juízo Final, como nos disse o Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele:
"A primeira coisa de que o homem terá de prestar contas, no Dia do Juízo Final, será a oração. Se (as orações) foram válidas, toda a sua obra será; se foram defeituosas, toda a sua obra também será sido."
A prática das orações redime os nossos pecados, como nos disse o Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
"O que pensaríeis se houvesse um riacho diante da porta de alguém, e essa pessoa se banhasse cinco vezes por dia nele? Restar-lhe-ia alguma sujeira? E eles responderam: Certamente que não! Ele então disse: É o caso das cinco orações, por meio das quais Deus vos remove todos os pecados."
E disse também:
"As cinco orações diárias (obrigatórias), a oração de sexta-feira (consecutivamente) e a observância do jejum no mês de Ramadan (consecutivamente), expiam as faltas nesse período, e sempre, desde que se evite cometer pecados graves." Relatado por Muslim.
E no Alcorão temos:
"E observa a oração em ambas as extremidades do dia e em certas horas da noite, porque as boas ações anulam as más. Nisto há mensagem para os que recordam." (Alcorão Sagrado 11:114)
Nós temos uma oração semanal obrigatória, que é a oração da sexta-feira, para todos os homens que tenham alcançado a puberdade e sejam residentes em um povoado.
"Ó fiéis, quando fordes convocados, para a oração da sexta-feira, recorrei à recordação de Deus e abandonai os vossos negócios; isso será preferível, se quereis saber. Porém, uma vez observada a oração, dispersai-vos pela terra e procurai as graças de Deus, e mencionai muito Deus, para que prospereis. Porém, se quando se depararem com o comércio ou com a diversão, se dispersarem, correndo para eles e te deixarem a sós, Dize-lhes: O que está relacionado com Deus é preferível à diversão e ao comércio, porque Deus é o melhor dos provedores." (Alcorão Sagrado 62:9-11)
Que é realizada no horário da oração do meio dia, em substituição da mesma, que é acompanhada da realização de um sermão feito pelo Imam, que consiste em ensinamentos, aconselhamentos e orientações ao tratar de problemas que ocorreram neste meio tempo na sociedade, ou lições ligadas ao Islam.
Citaremos agora algumas características relatadas por Deus daquelas pessoas que são constantes em suas orações e as fazem com sinceridade, visando com elas ao beneplácito de Deus.
"Alef, Lam, Mim. Eis o Livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Deus; Que crêem no incognoscível, observam a oração e gastam daquilo com que os agraciamos." (Alcorão Sagrado 2:1-3)
"A virtude não consiste só em que orienteis vossos rostos até ao levante ou ao poente. A verdadeira virtude é a de quem crê em Deus, no Dia do Juízo Final, nos anjos, no Livro e nos profetas; de quem distribui seus bens em caridade por amor a Deus, entre parentes, órfãos, necessitados, viajantes, mendigos e em resgate de cativos (escravos). Aqueles que observam a oração, pagam o zakat, cumprem os compromissos contraídos, são pacientes na miséria e na adversidade, ou durante os combates, esses são os verazes, e esses são os tementes (a Deus)." (Alcorão Sagrado 2:177)
"Em verdade, o homem foi criado impaciente; Quando o mal o açoita, impacienta-se; Mas, quando o bem o acaricia, torna-se tacanho; salvo os que oram, que são constantes em suas orações." (Alcorão Sagrado 70:19-23)
"Bem- aventurado aquele que se purificar, E mencionar o nome do seu Senhor e orar!" (Alcorão Sagrado 87;14-15)
"É certo que prosperarão os fiéis, Que são humildes em suas orações." (Alcorão Sagrado 23:1-2)
"E os que observam as suas orações, Estes serão honrados em jardins." (Alcorão Sagrado 70:34-35)
Agora, citaremos algumas descrições feitas por Deus daqueles que são negligentes em suas orações e dos que não a fazem.
"Tens reparado em quem nega a religião? É quem repele o órfão, E não estimula (os demais) à alimentação dos necessitados. Ai, pois dos praticantes das orações, Que são negligentes em suas orações, Que as fazem por ostentação, Negando-se, contudo, a prestar obséquios!" (Alcorão Sagrado 107:1-7)
"Sucedeu-lhes, depois, uma descendência, que abandonou a oração e se entregou às concupiscências. Porém, logo terão o seu merecido castigo." (Alcorão Sagrado 19:59)
"Toda alma é depositária das suas ações, Salvo as que estiverem à mão direita, Que estarão nos jardins das delícias. Perguntarão, Aos pecadores: O que foi que vos introduziu no tártaro? Responder-lhes-ão: Não nos contávamos entre os que oravam, Nem alimentávamos o necessitado; Ao contrário, dialogávamos sobre futilidades, com palradores, E negávamos o Dia do Juízo, até que nos chegou a (hora) infalível." (Alcorão Sagrado 74:38-47)
Disse o Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele): 

"O momento em que o muçulmano está mais próximo de Deus, é quando ele estiver prostrado em oração." 

A Mulher no Islam Desde tempos imemoriais que o Islam tem sido vítima de uma distorção deliberada por parte dos Não-Muçulmanos. O lado mais negativo de tal fato é o de que não foram apenas não-Muçulmanos que elaboraram falsas concepções relativas ao Islam; infelizmente um certo número de seguidores do Islam é incapaz de compreender a essência deste Delicado mas Abrangente Código de Vida, desde que ficaram sob o impacto da Civilização Ocidental.
Muito tem sido dito contra a posição da mulher no Islam por parte dos não-Muçulmanos preconceituosos e fanáticos. Como conseqüência, o Islam tem sido, impiedosa e perpetuamente, objeto de ataques violentos, baseados em falsas suposições e fatos distorcidos acerca da real posição da mulher nesta Religião. Esta é a questão fundamental de todo o mundo não-Muçulmano, em geral, e do mundo ocidental em particular.
O Ocidente conhece o Islam há mais de 13 séculos. No entanto, esse conhecimento foi adquirido de uma forma negativa como um inimigo e uma ameaça. Por isso, não é de forma alguma surpreendente que no Ocidente o Islam tenha sido descrito como uma religião hostil, tirânica e violenta. Da mesma forma a própria Cultura Islâmica tem sido narrada com cores sombrias e tristes. Este estado de coisas não pode continuar e torna-se um dever imperativo defender o Islam e clarificar esta questão.
Conseqüentemente, tentaremos, neste pequeno trabalho, elucidar a forma como o Islam emancipou a mulher e elevou a sua posição. Mas antes de passar um veredicto sobre um costume, é necessário que seja levada em conta não só a História daquele tempo mas, também, todas as circunstâncias então prevalecentes. É, por isso, necessário que consultemos a História e verifiquemos, por nós próprios, quão aviltadas, desprezadas e humilhadas as mulheres foram em diferentes civilizações e religiões do mundo, antes do advento do Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).
Embora não seja possível descrever, neste apontamento, todos os acontecimentos da História relacionados com esta questão, aqui ficam descritos alguns que julgamos serem oportunos e suficientemente elucidativos.
A Civilização Grega
A Civilização Grega é tida como a mais gloriosa de todas as civilizações antigas. Durante o decorrer desta Civilização, a mulher era menosprezada moral e socialmente, e não tinha quaisquer direitos legais. Os Gregos olhavam para a mulher como uma criatura sub-humana, cuja posição na sociedade era, em todos os sentidos, inferior à do homem, para o qual estava reservada a honra, bem como um lugar de superioridade.
A prostituição estava fortemente implantada na sociedade Grega, e as relações com mulheres adúlteras não eram consideradas pecaminosas, Mais tarde, os Gregos foram arrastados pelo egoísmo, bem como pela perversão sexual. Como conseqüência, modificou-se o modo de olhar a mulher, e as adúlteras obtiveram uma tal proeminência, de que não existe paralelo na História.
As casas de prostitutas tornaram-se o centro das atenções de todas as classes da sociedade, atraindo os seus filósofos, poetas, historiadores e pensadores. Esse tipo de mulher não somente promovia funções literárias mas, também, questões políticas de grande relevo, que eram decididas sob a sua influência. É realmente estranho que o conselho de uma mulher que não ficava ligada a um homem por mais de três noites consecutivas, fosse largamente tido em conta, sobretudo em questões de cuja solução dependia a vida, ou a morte da nação.
O homem comum considerava o matrimônio como algo desnecessário, sendo a liberdade sexual tida como perfeitamente lícita e correta. De tal forma assim era, que, estes males tomaram-se numa parte da sua religião: foi deste modo que o culto à Afrodite, a deusa do amor e da beleza, se propagou por toda a Grécia. De acordo com a sua mitologia, esta deusa, que era esposa de um deus, desenvolveu relações ilícitas com três outros deuses, bem como com um mortal. Como resultado desta última relação ilícita nasceu um deus bastardo, Cupido, o deus do amor!
Com o louvor dos deuses (satânicos) do amor na Grécia, as casas de prostituição tornaram-se em locais de veneração. As prostitutas eram consideradas como jovens pias dedicadas a templos, e o adultério foi elevado ao estatuto de piedade e revestido de toda a santidade religiosa. Nenhuma nação no mundo foi capaz de se elevar novamente após tal declínio moral. E tal é o que afirma Deus no Alcorão Sagrado:
''E quando temos que destruir uma cidade Nós mandamos ordens aos seus habitantes que vivem na opulência e que, a seguir, cometem abominações; então, a Palavra (do castigo) é pronunciada e, Nós, punímo-la com completa destruição.'' (Alcorão Sagrado 17:16)
A História é testemunha de que após o término do, seu período de glória, a nação Grega nunca mais obteve uma segunda oportunidade de recolher os seus passos em grandeza e orgulho. A posição da mulher na Civilização Grega pode ser resumida nas palavras de Sócrates, o grande pensador e filósofo grego:
''A Mulher é a grande fonte do caos e da ruptura no mundo. Ela é como a árvore de "dafali", cujo aspecto externo é extremamente belo mas, se os pássaros a comerem, morrerão com toda a certeza. "
Anderoosky descreve o conceito grego da mulher, nas seguintes palavras:
''É possível curar-se de uma queimadura e da mordida de cobra, mas é impossível prender a subtilidade feminina."
A Civilização Chinesa
Nas escrituras Chinesas as mulheres são apelidadas de ''águas da desgraça", que desperdiçam toda a sua boa sorte, a mulher foi sempre vista como inferior ao homem, não lhe sendo concedido qualquer tipo de direitos. A mulher era eternamente tida como menor, não sendo as crianças olhadas como verdadeiramente suas. Sempre que quisesse, o homem podia repudiar a sua mulher, podendo mesmo chegar a vendê-la como concubina. Após a viuvez, ela permanecia como propriedade da família do marido, sendo-lhe, praticamente, impossível voltar a casar. A par com isto estavam a escravatura e o infanticídio.
A Civilização Romana 
Nesta Civilização o homem possuía todo o poder e autoridade sobre a sua família, incluindo o direito de tirar a vida à sua própria mulher. Um esposo romano podia facilmente afastar a sua mulher por mero capricho. Entre os romanos a mulher não possuía personalidade legal. Ela nunca podia aparecer no tribunal como queixosa. Era vista como uma menor, demente, como uma pessoa incapaz de fazer ou de agir de acordo com a sua preferência. A sua propriedade passava para as mãos do seu marido pelo casamento. Ela não podia obter ou deter qualquer tipo de propriedade.
Não podia ser testemunha, não podia comprar ou vender, nem fazer parte de qualquer contrato. Com o avanço da civilização, o conceito humano com respeito à posição da mulher sofreu uma profunda alteração. As regras que determinavam o casamento sofreram, gradualmente, uma completa "metamorfose" que as condições mudaram para pior. O divórcio foi facilitado, e o matrimônio era efetuado com bases que eram pouco sólidas. Séneca (4 a.C. - 65 d.C.), o famoso filósofo e estadista romano, criticou os seus compatriotas pela elevada incidência do divórcio entre eles. Séneca afirmou:
"Agora, o divórcio não é mais visto como algo de vergonhoso em Roma, as mulheres calculam a sua idade pela quantidade de homens que tiveram como mandos."
Naqueles dias, as mulheres tinham por hábito casarem-se diversas vezes; S. Jerônimo (340 - 420 d.C.) menciona uma mulher maravilhosa, cujo último marido tinha sido o seu 23º, tendo sido, ela própria, a 21º mulher do seu marido. A Flora tornou-se um desporto romano muito popular, no qual mulheres nuas competiam em concursos de raça. Homens e mulheres tomavam banho juntos nos banhos públicos. Quando os Romanos ficaram de tal maneira absorvidos por paixões animalescas, a sua glória desapareceu por completo, sem sequer deixar rasto atrás de si.
Hinduísmo
A Asura, como forma de casamento entre os antigos hindus, nada mais era do que uma espécie de venda da filha pelo pai. A legalização só muito dificilmente salvou mulheres de mãos cruéis, uma vez que nunca herdavam qualquer tipo de propriedade. Na Índia, nos seus primórdios (e mesmo agora, em algumas partes), as moças eram (e são) delicadas aos deuses, freqüentemente, sendo-lhes oferecidas em matrimônio para que, desta maneira, pudessem usufruir dos seus serviços da mesma forma que os maridos se serviam das suas mulheres. Por conseqüência, elas ficavam sob a dependência dos sacerdotes ''dharmakarthas'', ou dos mandatários ligados aos templos.
Nos tempos dos Vedas, as mulheres eram tratadas como recompensas de guerra, após a vitória, as mulheres eram levadas à força e distribuídas como artigos de saque. Por isso, o tratamento dado as mulheres era o pior possível. De acordo com Manu, mentir é uma particularidade feminina, ainda segundo a ordem de Manu, no Hinduísmo,
"Uma mulher nunca deve procurar a independência e nunca deve fazer seja o que for de acordo com a sua satisfação. "
A lei do Hinduísmo diz:
"Por uma moça por uma jovem mulher, ou até mesmo por uma idosa, nada deve ser feito independentemente, mesmo na sua própria casa. Na infância uma fêmea deve ser submetida ao seu pai, na juventude ao seu marido, e quando da morte do seu senhor, aos seus filhos; uma mulher nunca deve ser independente."
 A professora Indka, no seu livro "Posição das Mulheres em Mahabharate", escreve:
 "Não existe criatura mais pecadora do que a mulher. A mulher é o fogo ardente. Ela é o gume afiado da navalha. É o conjunto de tudo isto. Os homens não devem amá-las ... destruição."
Sir R. G. Bhandarkar comenta:
''A Bhagavad Geeta dá expressão à crença geral de que é somente uma alma pecadora que nasceu como mulher"
 Naqueles tempos, como agora, um casamento hindu era indissolúvel, nem o adultério, nem a prostituição, nem mesmo a degeneração podiam dissolver um casamento hindu. O que dizer da vida, se até mesmo após a morte do marido as viúvas não podiam exigir a separação. O mais cruel era a prática do sati, no qual a viúva era queimada viva juntamente com o seu esposo morto. Esta prática foi proibida somente pelos preceitos Islâmicos.
A viúva era, e ainda o é, olhada como algo repugnante, inauspicioso e que se devia evitar. A posição das viúvas que não praticassem o ''Sati'' era tão triste, que as pobres almas consideravam preferível serem queimadas vivas do que suportarem uma longa e cruel tortura nas mãos de uma sociedade fria e injusta. Até à altura da conquista da índia pelos Muçulmanos, as mulheres hindus caminhavam quase nuas e expunham os seus atrativos sem a menor vergonha.
Budismo
O ensinamento da Nirvana (salvação) não pode ser levado a cabo na companhia de mulheres, tal fato é, suficientemente, eloqüente para nos fornecer uma visão para a atitude do Budismo em relação às mulheres. A idéia do matrimônio, e a vida que lhe está inerente, é contrária ao objetivo do Budismo - a aniquilação do desejo - fato que promove o celibato. Por isso, para um Budista, de acordo com o célebre historiador Westermark:
''As mulheres são, das ciladas que o demônio inventou para os homens, a mais perigosa; nas mulheres estão inerentes todas as paixões que cegam a mente do mundo."
A concepção sobre a mulher no Budismo encontra-se resumida nas palavras de um sábio Budista de renome, lembradas por Bettany no seu livro "Religiões Mundiais", nos seguintes termos:
"Infelizmente profundo, como o percurso de um peixe na água é o caráter da mulher, revestido de mil artifícios, com os quais se torna difícil descortinar a verdade, para a qual uma mentira é como a verdade, e a verdade como uma mentira"
Judaísmo
De acordo com as escrituras Hebraicas, no Judaísmo a mulher encontra-se sob uma maldição eterna e Divina.
"Da mulher provém o início do pecado, e através dela todos nós morremos"
É uma crença que detém a mulher como responsável por todas as fraquezas do homem. Por isso a sua degradação na sociedade Judaica, onde ela era considerada não como uma criatura merecedora de honra, mas como alguém que podia ser sujeita, justamente, a qualquer tipo de insultos, e ser reduzida à posição de um móvel na casa.
Cristianismo
Toda a estrutura do credo Cristão baseia-se na doutrina do Pecado Original, pelo qual o Cristianismo, como o Judaísmo, responsabiliza a mulher:
''A mulher que me deste por companheiras ela me deu da árvore, e comi" (Gênesis 3:12)
Eva, segundo o Cristianismo:
''... foi a primeira a cometer o pecado e causadora da desgraça de Adão: por isso, ela era realmente responsável pelos pecados da humanidade e Deus teve que enviar o Seu único Filho, Jesus Cristo, para ser crucificado e lavar todos os pecados do mundo com o seu próprio sangue."
Esta é a suma da fé Cristã.
Mais adiante, reproduziremos algumas passagens do Novo Testamento, as quais deverão, sem a necessidade de comentário, demonstrar a posição da mulher no Cristianismo, e de como ela deverá ser evitada pelos candidatos ao Reino dos Céus:
"Porque eis que hão de vir dias em que dirão: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram." (S. Lucas 23:20)
"Bom seria que o homem não tocasse em mulher.'' (I aos Corintios 7:1)
"Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo (ou seja solteiros) ... Digo, por isso, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom ficarem como eu (ou seja, solteiros). Mas se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se." (Corintios 7:9)
"O solteiro cuida nas coisas do Senhor, em como há-de agradar ao Senhor. Mas o que é casado cuida nas coisas do mundo, em como há-de agradar à mulher." (Corintios 7:32-33)
"Mas, (ele), o que a não dá em casamento, faz melhor.'' (Corintios 7:38)
 As comunicações Bíblicas sobre a fraqueza da mulher só poderiam levar os primeiros Sacerdotes Cristãos a fazerem tão "piedosíssimas" difamações, sobre as quais nenhuma mulher, que tenha respeito por si própria, poderá manter-se calada.
Paulo, o primeiro santo da Cristandade, proclama:
''A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Pois primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado mas a mulher, sendo enganada caiu em transgressão.'' (I à Timóteo 2:11-14)
 Diz S. Tertúlio às mulheres: 
"Sabeis vós, que cada uma de vós é uma Eva; a sentença de Deus sobre este sexo das vossas vidas nesta era; a culpa tem de necessariamente viver, igualmente; vós sois o primeiro desertor da Lei Divina, vós sois aquela que o persuadiu, quando o demônio ainda não era suficientemente forte para atacar. Vós destruísses muito facilmente a imagem de Deus no homem. Por conta da vossa deserção, ou seja, morte, até o Filho de Deus teve que morrer." (De Cottu Feminarum)
Afirma S. Gregório Taumaturgo:
"Entre todos os homens, procurei a castidade apropriada a eles, e não a encontrei em nenhum. Provavelmente pode-se encontrar um homem casto entre mil, mas nunca entre as mulheres."
Segundo S. Gregório de Nazianzum:
''A ferocidade é característica do dragão e a astúcia da áspide, mas a mulher tem a malícia de ambos."
S. João Crisóstomo olhava a mulher como:
"Um demônio necessário, uma calamidade desejada, um fascinador mortífero, e uma doença camuflada."
Aos olhos de S. Clemente de Alexandria:
"Nada de calamitoso é próprio do homem, que é dotado de razão, o mesmo não se pode dizer da mulher, para a qual se è uma vergonhoso refletir sobre a sua própria natureza." (Paeds, II:, 2.83, pag. 186)
Com efeito, os construtores da Igreja Cristã, bem como os primitivos Sacerdotes, podem ser denominados de rivais concorrentes nas suas denúncias relativas à mulher. Ela foi descrita como:
"O instrumento do Demônio";
"O fundamento das armas do Diabo, cuja voz é o assobiar das serpentes";
"Um escorpião sempre pronto a picar, e a lança do demônio";
"Um instrumento que o demônio utiliza para se apoderar das nossas almas";
"A porta do Inferno, o caminho da iniqüidade, o espigo do escorpião";
"Algo impuro, uma filha da falsidade, uma sentinela do Inferno, o inimigo da paz, e, de todos os animais selvagens, o mais perigoso".
Ditos de; S. Bernardo, S. Antônio, S. Boaventura, S. Cipriano, S. Jerônimo e S. João Damasceno, respectivamente.
A mulher era tida como "algo impuro", a "impureza" da mulher levou a Igreja Cristã a denunciar até o sagrado matrimônio - essa grande instituição social da humanidade. Diz S. Gregório:
''Abençoado, é aquele que leva uma vida celibatária, e não encerra em si a imagem Divina com a obscenidade da concupiscência."
A irreparável injúria que foi infligia sobre as mulheres na Cristandade, e sobretudo durante a Idade Média, dispensa qualquer tipo de descrição.  
A condição das mulheres antes do advento do Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), era miserável por todo o mundo, nenhuma religião lhes permitia a igualdade, nenhuma religião lhes deu uma parte na propriedade dos seus familiares e esposos. A mulher era vista como um demônio e como um fardo indesejado, uma fonte de desgraça e humilhação para a família.
As mulheres eram universalmente tratadas como bens e brinquedos nas mãos dos homens. Elas nunca eram vistas como parte integrante do casamento. Podiam ser obtidas num momento de prazer, e rejeitadas de uma forma puramente caprichosa; somente o coração e a bolsa podiam colocar limitações. As mulheres não tinham uma posição independente, não possuíam qualquer propriedade, não tinham qualquer direito a herança.
Na Arábia (em particular), mesmo antes do Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), a condição da mulher era simplesmente miserável de tal forma que as crianças recém-nascidas de sexo feminino eram enterradas vivas. Elas não eram olhadas como pessoas humanas, com efeito, na Arábia, a mulher permanecia algures no limbo entre o mundo animal e a humanidade.
A Mulher no Islam
Tendo visto como as mulheres foram cruelmente tratadas   por diferentes religiões, Civilizações e Culturas, ser-nos-á, agora, possível entender corretamente e apreciar os alcances gloriosos do Islam nesta questão, e de como ele, de fato, elevou a posição da mulher na sociedade.
Por isso, ao longo deste trabalho, tentaremos refutar as alegações das pessoas desencaminhadas contra o Islam em relação à mulher, e elaborar a sua real posição no Islam. No meio das trevas que mergulharam o mundo, a Revelação Divina ecoou, no deserto hostil da Arábia, com uma Mensagem Lúcida, nobre e Universal para a humanidade:
''Ó humanos, temei a vosso Senhor, que vos criou de um só ser, do qual criou a sua companheira e, de ambos, fez descender inumeráveis homens e mulheres. Temei a Deus, em nome do Qual exigis os vossos direitos mútuos e reverenciai os laços de parentesco, porque Deus é vosso Observador.'' (Alcorão Sagrado 4:1)
O famoso sábio muçulmano, Al-Khuli Al Babi, ponderou sobre este versículo e declarou:
''É crença geral que não existe texto, quer antigo, quer moderno, que diga respeito à humanização da mulher sobre os aspectos da vida, numa tal espantosa brevidade, eloqüência, profundidade e originalidade, como no Decreto Divino."
Assim, com um simples traço magistral, o Islam removeu o estigma da ''fraqueza" e da "impureza", com as quais as religiões mundiais caracterizaram a mulher. O Islam proclama que homens e mulheres provêm da mesma essência e, por conseguinte, se a mulher podia ser tida como fraca, o homem, também, poderia ser visto como tal, ou se o homem tinha uma centelha de nobreza, então a mulher, também, a deveria possuir. A propósito, o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse:
''As mulheres são almas gêmeas dos homens.''
A elevação da posição da mulher e os seus respectivos direitos, patenteados nesta obra, estão garantidos pelo Próprio Deus, e podem ser facilmente encontrados nas duas mais importantes e autênticas fontes do Islam, ou seja, o Sagrado Alcorão e os Ahadith do Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).
Os direitos garantidos por Reis, ou por Assembléias Legislativas, podem ser tão facilmente removidos, quão o são conferidos; mas nenhum indivíduo, ou instituição tem autoridade para eliminar, ou emendar os direitos conferidos por Deus. Todos aqueles que pretendem ser Muçulmanos, têm que aceitar, reconhecer e reforçar os direitos sancionados por Deus. Se falharem em reforçá-los, ou os violarem, o veredicto do Alcorão é inequívoco:
''Aqueles que não julgam pelos preceitos que Deus revelou são descrentes.'' (Alcorão Sagrado 5:44).
E o seguinte versículo também proclama:
''Eles são os Iníquos.'' (Alcorão Sagrado 5:45).
Um terceiro versículo do mesmo capítulo diz:
''Eles são os prevaricadores." (Alcorão Sagrado 5:47)
Por outras palavras; se as autoridades temporais consideram as suas próprias palavras e decisões como certas, e as de Deus como erradas, eles não são crentes. Se, por outro lado, eles consideram os mandamentos de Deus como certos, mas rejeitam-nos deliberadamente em favor das suas decisões, então são Iníquos. Os prevaricadores ou infratores da lei são aqueles que desrespeitam a limitação da fidelidade.
Aspecto Espiritual
- A mulher tem, efetivamente, alma:
Nas tradições do Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), encontramos uma prova clara de que a mulher tem, realmente, alma. Abdullah bin Mass'ud, reporta que o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse:
"De fato, a criação de cada um de vós (macho ou fêmea) foi levada a cabo conjuntamente no ventre da mãe, durante quarenta dias, sob a forma de uma semente, depois um coágulo de sangue (algo que se agarra) por igual período e, então, é-lhe enviado o anjo que assopra a respiração da vida, ou seja dá-lhe alma (o feto: macho ou fêmea). " (Bukhari e Muslim)
Fica claro, a partir desta tradição, que o feto de todo o ser humano adquire vida quando a alma, por ordem de Deus, é assoprada para ele. Uma vez mais, é do conhecimento geral que nenhum ser humano (macho ou fêmea) pode viver sem alma. Agora, será que as mulheres nem vivem, nem morrem? É então evidente que elas têm alma, tal e qual como os homens.
- Iman (fé):
O Islam é bastante explícito em relação ao fato da mulher ser completamente equiparada ao homem, perante Deus, em termos da fé; pois Deus diz:
''Ó fiéis, quando se vos apresentarem as fugitivas fiéis, examinai-as, muito embora Deus conheça a sua fé melhor do que ninguém; porém, se as julgardes fiéis, não as restituais aos incrédulos.'' (Alcorão Sagrado 60:10).
E também diz:
''Sabe, portanto, que não há mais divindade, além de Deus e implora o perdão das tuas faltas, assim como das dos fiéis e das fiéis, porque Deus conhece as vossas atividades e os vossos destinos. '' (Alcorão Sagrado 47:19).
Nos dois versículos anteriores, Deus, denomina-as de mulheres crentes, sendo assim, quem tem, autorização para refutar o que Deus proclama?
-Ibadah (Adoração):
Em termos de obrigações religiosas e de adoração, tais como as cinco orações diárias, a zakat, o jejum e a peregrinação a Makkah, a mulher não é diferente do homem. A este respeito Deus, diz:
''Os fiéis (homens e mulheres) que praticarem o bem, observarem a oração e pagarem o zakat, terão a sua recompensa no Senhor e não serão presas do temor, nem se atribularão.'' (Alcorão Sagrado 2:277).
"Ó vós que credes (homens e mulheres)! É-vos prescrito o jejum como foi prescrito aos vossos antepassados, para que possais temer a Deus." (Alcorão Sagrado 2:183).
- Jazaa (recompensa):
Deus promete recompensa, indiscriminadamente, para o homem e a mulher que sejam crentes e trabalhem honestamente. Ele diz:
''A quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for fiel, concederemos uma vida agradável e premiaremos com uma recompensa, de acordo com a melhor das ações. '' (Alcorão Sagrado 16:97).
''Aqueles que praticarem o bem, sejam homens ou mulheres, e forem fiéis, entrarão no Paraíso e não serão defraudados, no mínimo que seja.'' (Alcorão Sagrado 4:124).
"Entrai no jardim (Paraíso), vós e vossas esposas e alegrai-vos.'' (Alcorão Sagrado 43:70).
- Eva não é a Causa da Queda de Adão (que Deus esteja satisfeito com ambos):
De acordo com o Alcorão Sagrado, a mulher não é culpada do primeiro erro de Adão. Ambos erraram na sua desobediência a Deus, ambos se arrependeram, e ambos foram perdoados. Podemos ler o seguinte no Alcorão:
''Determinamos: Ó Adão, habita o Paraíso com a tua esposa e desfrutai dele com a prodigalidade que vos aprouver; porém, não vos aproximeis desta árvore, porque vos contareis entre os iníquos. Todavia, Satã os seduziu, fazendo com que saíssem do estado (de felicidade) em que se encontravam.'' (Alcorão Sagrado 2:35-36).
''Então, seu Senhor os admoestou: Não vos havia vedado esta árvore e não vos havia dito que Satanás era vosso inimigo declarado? Disseram: Ó Senhor nosso, nós mesmos nos condenamos e, se não nos perdoares a Te apiedares de nós, seremos desventurados! '' (Alcorão Sagrado 7:22-23).
De acordo com o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
"Toda a criança nasce com igual natureza...''
Tal significa que todo o recém-nascido carrega consigo (seja ele ou ela) uma igual e inocente natureza, e nunca nasce pecador, isto encontra-se em total contradição com o Credo Cristão do pecado inato.
Aspecto Social
- Direito à Vida:
O primeiro e fundamental direito é, o direito à vida. A Lei Islâmica diz:
''Aquele que matar um ser humano (homem ou mulher) sem que ele tenha cometido homicídio ou semeado corrupção na terra, será considerado como se tivesse assassinado toda a humanidade.'' (Alcorão Sagrado 5:32).
"E não destruas a vida que Deus tornou sagrada a não ser em casos de justiça." (Alcorão Sagrado 6:151).
Apesar da aceitação social do infanticídio feminino entre as tribos árabes, o Islam proibiu este conhecido costume, e considerou-o um crime como qualquer outro assassinato:
''Quando as almas forem reunidas, quando a filha, sepultada vida, for interrogada: Por que delito foste assassinada?'' (Alcorão Sagrado 81:7-9).
Criticando a atitude de tais pais que rejeitam crianças do sexo feminino, Deus diz:
"Quando a algum deles é anunciado o nascimento de uma filha, o seu semblante se entristece e fica angustiado. Oculta-se do seu povo, pela má notícia que lhe foi anunciada: deixá-la-á viver, envergonhado, ou a enterrará viva? Quem péssimo é o que julgam! '' (Alcorão Sagrado 16:58-59).
Além disso, o Islam requer, para ela, um tratamento amável e justo. Entre os dizeres do Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), citamos o seguinte:
"Qualquer um que tenha uma filha e que não a enterra viva, que não a insulta, nem favorece o seu filho em detrimento da sua filha, Deus fá-lo-á entrar no Paraíso." (Ibn Hanbal).
- Dignidade Humana:
Como ser humano, a mulher é perfeitamente igual ao homem, o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), declarou:
"Na verdade, as mulheres são as irmãs dos homens."
Tal implica que ambos, homem e mulher, provêem dos mesmos pais, ou seja, de Adão e Eva, sendo assim, como pode a mulher ser inferior ao homem, se ela surge dos mesmos pais? Realçando o mesmo, o Alcorão Sagrado observa:
''Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea ... Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que Deus é Sapientíssimo e está bem inteirado. '' (Alcorão Sagrado 49:13).
Por outras palavras, a honra perante o Criador nunca será dependente do sexo, mas sim da piedade.
- Direito à Educação:
Os primeiros versículos do Alcorão Sagrado ordenam ao Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), bem como aos muçulmanos (homens e mulheres), o seguinte:
''Lê, em nome do teu Senhor Que criou; criou o homem de um coagulo. Lê, que o teu Senhor é Generosíssimo, Que ensinou através do cálamo, ensinou ao homem o que este não sabia. '' (Alcorão Sagrado 96:1-5).
Portanto, será extremamente difícil negar o fato de que o Senhor Todo-Conhecedor e Criador do Universo tenha começado a Sua Revelação pela seguinte ordem: "Lê"; ler, é indicativo da importante proeminência de se adquirir o conhecimento, o profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse:
''A procura do conhecimento é um dever para todos os muçulmanos (homens e mulheres)''
E ainda acrescentou:
''Procurem a sabedoria do berço até o túmulo.''
E disse também:
''Procurai o conhecimento nem que para isso tenham que ir a China."
- Direito à Justiça:
Uma igualdade absoluta entre homem e mulher foi estabelecida no Islam, no que diz respeito às leis civis e penais, a Lei Islâmica não reconhece qualquer distinção entre elas no tocante à proteção da vida e da propriedade, da honra e da reputação, Deus diz:
"E elas (as mulheres) têm mesmos direitos sobre eles, como eles os têm sobre elas.'' (Alcorão Sagrado 2:228).
''Ó fiéis (homens e mulheres), sede firmes em observardes a justiça, atuando de testemunhas, por amor a Deus, ainda que o testemunho seja contra vós mesmos, contra os vossos pais ou contra os vossos parentes, seja contra vós mesmos, contra os vossos pais ou contra os vossos parentes, seja o acusado rico ou pobre, porque a Deus incumbe protegê-los. Portanto, não sigais os vossos caprichos, para não serdes injustos; e se falseardes o vosso testemunho ou vos recusardes a prestá-lo, sabei que Deus está bem inteirado de tudo quanto fazeis.'' (Alcorão Sagrado 4:135).
A Lei Islâmica dita a pena de morte ao assassino, tenha ele morto um homem ou uma mulher, uma vez que a vida desta é tão sagrada quanto a daquele. Se uma mulher perdoar o assassino de um parente, os outros familiares não têm autoridade para anular o seu consentimento no perdão.
- Igualdade Perante a Lei:
No que diz respeito à prescrição das penas, o Islam condena da mesma forma, seja homem ou mulher, tomemos três exemplos: assassinato, roubo e adultério. Vejamos quais as penas que o Islam aplica ao homem e à mulher. No Alcorão Sagrado podemos ler:
''Ó fiéis, está-vos preceituado o talião para o homicídio: livre por livre, escravo por escravo, mulher por mulher. Mas, se o irmão do morto perdoar o assassino, devereis indenizá-lo espontânea e voluntariamente. Isso é uma mitigação e misericórdia de vosso Senhor. Mas quem vingar-se, depois disso, sofrerá um doloroso castigo. '' (Alcorão Sagrado 2:178).
''Quanto ao ladrão e à ladra, decepai-lhes a mão, como castigo de tudo quanto tenham cometido.'' (Alcorão Sagrado 5:38).
''Quanto à adúltera e ao adúltero, vergastai-os com cem vergastadas, cada um; que a vossa compaixão não vos demova de cumprir a lei de Deus, se realmente credes em Deus e no Dia do Juízo Final. Que uma parte dos fiéis testemunhe o castigo.'' (Alcorão Sagrado 24:2).
Assim, a partir dos versículos acima citados, fica perfeitamente patente que a Lei Islâmica aplica, indiscriminadamente, os mesmos castigos a ambos os transgressores, homem e mulher.
O Islam Realmente Honrou a Mulher
O Islam exaltou generosamente a mulher, honrou-a e tratou-a com civilidade, quer como criança e adolescente, quer como esposa e mãe.
a) - Como Criança e Adolescente:
Antes do advento do Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), o mundo degradou a mulher e, praticamente, baniu-a. Ela tinha sido atirada para tão profundo abismo, que parecia não haver esperança na sua redenção. O Islam lutou acirradamente contra esta injustiça, sublinhando que a vida precisava tanto do homem como da mulher. A mulher não foi criada para ser ridicularizada e banida, como o homem, a mulher tem o seu propósito e direito à existência, e a Natureza está a alcançar o seu objetivo com a ajuda de ambos, homem e mulher, conforme reza o Alcorão:
"A Deus pertence a Soberania dos céus e da terra. Ele cria o que deseja. Dá filhas a quem deseja e dá filhos a quem deseja; ou dá-lhes aos pares machos e fêmeas, e torna estéril a quem deseja, pois Ele é Sábio e Poderoso.'' (Alcorão Sagrado 42:49-50)
Onde todas as outras religiões privam a mulher de todos os direitos, até ao de viver, o Islam garante-lhe os mesmos direitos que ao homem. O Islam também avisa aqueles que pretendem retirar-lhes os seus direitos, serão, seguramente, responsáveis perante Deus no Dia do Julgamento.
''Quando as almas forem reunidas, quando a filha, sepultada vida, for interrogada: Por que delito foste assassinada?'' (Alcorão Sagrado 81:7-9).
O Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), instituiu numerosas instruções a favor da mulher. Favores que ela não podia obter mesmo dos auto-denominados apoiantes modernos dos direitos da mulher. O Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse:
''Deus proibiu-vos a desobediência às vossas mães, a recusa a sancionar direitos, a acumulação de riqueza de qualquer maneira (halal e haram = lícito e ilícito) e o enterro de filhas vivas." (Al Bukhari).
Ele disse, igualmente:
"Um homem que tem uma filha e não a despreza, não a enterra viva, nem prefere o seu filho em detrimento da sua filha, Deus admiti-lo-á no Céu." (Abu Daud).
Sobre Fatimah o Profeta disse:
''A minha filha é a minha carne, qualquer problema com ela causará a minha dor." (Bukhari e Muslim).
Os ensinamentos Islâmicos revolucionaram o pensamento daqueles homens que enterravam as suas filhas vivas, e que não sentiam qualquer vergonha ao fazê-lo. Começaram a amar e a alimentar as suas filhas. Aqueles que no passado tinham recusado a abrigar as suas próprias filhas, tornaram-se os guardiães das filhas de terceiros.
Por ocasião da Batalha de Uhud, o pai de Jabir, disse-lhe:
"Meu filho, eu posso ser martirizado na batalha que se avizinha; se isso acontecer, aconselho-te a tomares conta das minhas filhas."
Assim aconteceu, Jabir, que ainda era novo, desposou uma viúva que tinha à sua responsabilidade as sua irmãs. O Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), perguntou-lhe:
"Porque é que não casaste com uma mulher jovem?''
Ele respondeu:
"Ó Rassulullah (Mensageiro de Deus)! O meu pai foi morto na Batalha de Uhud, deixando atrás de si nove filhas, que são minhas irmãs. Por isso, escolhi tal mulher para o meu casamento que pudesse tomar bem conta delas."
O Profeta disse: "Agiste bem." (Al Bukhari).
Estes são exemplos que a história de outras religiões não podem apresentar, o Islam é a única religião que honrou a mulher, desde a sua infância até à sua morte.
b)- Como Esposa:
O casamento é a união legal entre um homem e uma mulher para toda a vida e, por conseqüência, não tem como objetivo ser uma ligação temporária. É por isso que, no Islam, o "mutah", ou seja casamento temporário, é proibido.
Assim, o casamento no Islam é compartilhado pelas duas metades da sociedade, e os seus objetivos, para além de perpetuar a vida humana, são o bem-estar emocional e a harmonia espiritual. A sua base é o amor e a misericórdia. Entre os versículos mais impressionantes do Alcorão, sobre o casamento, está o seguinte:
''Entre os Seus sinais está o de haver-vos criado companheiras da vossa mesma espécie, para que com elas convivais; e colocou amor e piedade entre vós. Por certo que nisto há sinais para os sensatos.'' (Alcorão Sagrado 30:21).
Esta é uma importante definição da relação existente entre esposo e esposa, através do casamento, espera-se que encontrem tranqüilidade na companhia um do outro, limitados, não somente pela relação sexual, mas, também, pelo amor e misericórdia. Tal descrição inclui carinho mútuo, consideração, respeito e afeto.
Existem numerosas tradições, particularmente as narradas por Aicha esposa do Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), que fornecem uma clara visão interna do modo como o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), tratava as suas esposas, e da forma como estas o tratavam.
O aspecto mais relevante, sobre este assunto, é o da evidência do cuidado e respeito mútuos das relações matrimoniais. Não existe qualquer servilismo por parte das esposas, existem quase tantas referências ao Profeta em levar a cabo determinadas ações de modo a agradar às suas esposas, como as há destas a retribuírem-lhe a atenção. O Alcorão refere-se às esposas de uma forma geral, num outro capítulo, dizendo:
''Elas são vossas vestimentas e vós o sois delas.'' (Alcorão Sagrado 2:187).
Por outras palavras, assim como o vestuário fornece calor, proteção, decência e elegância, também o marido e a esposa oferecem a cada um intimidade, conforto e proteção para não cometer adultério, ou outro tipo de ofensa.
Tudo isto vai de encontro ao que foi retirado do Alcorão, de que um dos mais importantes objetivos dos regulamentos que orientam o comportamento e relações humanas, é o de preservar a unidade familiar, de tal modo que a atmosfera de tranqüilidade, amor, misericórdia e consciência de Deus, se possa desenvolver e florescer para o benefício do marido e da esposa, bem como das crianças nascidas do matrimônio.
É evidente que, onde as outras religiões condenaram a mulher, o Islam honrou-a. O Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) elevou a posição da mulher e forneceu-lhe um lugar respeitável no seio da sociedade humana.
C)- Como Mãe:
O Islam considera deveras importante a bondade para os pais a seguir à adoração de Deus. O Alcorão refere:
''O decreto de teu Senhor é que não adoreis senão a Ele; que sejais indulgentes com vossos pais, mesmo que a velhice alcance um deles ou ambos, em vossa companhia; não os reproveis, nem os rejeiteis; outrossim, dirigi-lhes palavras honrosas. '' (Alcorão Sagrado17:23).
Mais do que isto, o Alcorão Sagrado contém recomendações especiais relativas ao correto tratamento a ter em relação às mães.
''E recomendamos ao homem benevolência para com os seus pais. Sua mãe o suporta, entre dores e dores, e sua desmama é aos dois anos. (E lhe dizemos): Agradece a Mim e aos teus pais, porque retorno será a Mim.'' (Alcorão Sagrado 31:14).
Numa família muçulmana, no que diz respeito à honra, o Islam ordenou que se honrasse a mãe mais do que o pai, a irmã mais do que o irmão, e a filha mais do que o filho.
Certo homem dirigiu-se ao Profeta perguntando: "Ó Mensageiro de Deus! Quem, de entre as pessoas, é a mais merecedora da minha companhia?" O Profeta respondeu: ''A tua mãe". O homem retorquiu: "Depois, quem mais?" Só então o Profeta Muhammad disse: "O teu pai". (Bukhari e Muslim).
Ainda existe o famoso dito do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
"O Paraíso encontra-se aos pés das mães" (Nassal Ibn Majah, Ibn Hanbal).
Ele também disse:
"É o generoso (em caráter) aquele que é bom para as mulheres, e é fraco aquele que as insulta".
"Deus ordena-nos que tratemos as mulheres de uma forma nobre, pois que elas são nossas mães, filhas e tias."
d)- Direito de Escolher um Marido:
De acordo com a Lei Islâmica, a mulher não pode ser forçada a casar sem o seu consentimento, não é legal que um tutor force uma moça adulta a casar-se. Ninguém, nem mesmo o pai, ou o soberano, pode, legalmente, casar uma mulher adulta sem a permissão desta, seja ela virgem, ou divorciada.
Ibn 'Abbas narrou que uma jovem dirigiu-se ao Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) e relatou que o seu pai a tinha forçado a casar-se sem o seu consentimento. O Profeta deu-lhe a escolher entre aceitar o casamento, ou invalidá-lo. (Ibn Hanbal).
Para além de todas as prevenções relativas à sua proteção durante o tempo do matrimônio, o Islam decreta, especificadamente, que a mulher tem todo o direito ao seu "Mahr" (dote). As regras para a vida de casado no Islam são claras e encontram-se em harmonia com a verdadeira natureza humana. No tocante aos aspectos psicológico e fisiológico do homem e da mulher, cada um possui iguais direitos e exigências sobre o outro, à exceção de um tipo de responsabilidade o do chefe. Este é um assunto natural de qualquer vida em comum, e que é consistente na natureza do homem. Por isso, o Alcorão declara:
"E elas (as mulheres) têm direitos sobre eles, como eles os têm sobre elas, condignamente; mas os maridos conservam um grau (de primazia) sobre elas.'' (Alcorão Sagrado 2:228).
Tal grau é "Qiwamah" (a manutenção e a proteção), isto refere-se à diferença natural entre os sexos, que sujeita o sexo fraco à proteção. Tal não implica qualquer tipo de superioridade, ou de vantagem, perante a lei. Todavia, o papel masculino de chefe em relação à sua família, não significa a prepotência do marido sobre a sua esposa.
Para além dos seus deveres básicos como esposa, existe o direito que é, vivamente, recomendado pelo Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) e vem sublinhado no Alcorão, o tratamento amistoso e companheirismo.
''Harmonizai-vos entre elas, pois se as menosprezardes, podereis estar depreciando seres que Deus dotou de muitas virtudes.'' (Alcorão Sagrado 4:19).
O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) disse:
"O Melhor entre vós é aquele que for melhor para a sua família; e eu sou o melhor entre vós para a minha família."
"Os Crentes mais perfeitos são os melhores em conduta, e os melhores de entre vós são aqueles que são melhores para as suas esposas." (Ibn Hanbal).
"Quanto mais cívico e amistoso for um Muçulmano para com a sua esposa mais perfeita é a sua fé. " (Tirmidhi).
''A mulher" - disse ele - ''É a rainha da sua casa."
Para o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) a mulher não é "um instrumento do Demônio", mas, sim, uma "Muhsanah" (uma fortaleza contra Satanás).
Antes do advento do Islam, a união matrimonial do homem e da mulher tinha sido vista com desaprovação, tendo sido considerada como depreciativa para o homem em algumas religiões. Mas o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) deitou abaixo todas estas considerações, de uma vez por todas:
"O casamento está no meu destino, e quem declinar este meu caminho, não é meu apoiante (ou seja não é meu seguidor).'' (Bukhari e Muslim).
Assim como é reconhecido o direito à mulher de decidir sobre o seu casamento, também é reconhecido o seu direito a procurar finalizar um matrimônio mal sucedido.
e)- Direito de Pedir o Divórcio:
Apesar de, no Islam, o casamento não ser uma relação temporária, sendo considerado para durar toda a vida, a sua dissolução será inevitável se ele falhar ao servir os seus propósitos. É nessa altura que surge o divórcio.
Devemos esclarecer que, no Islam, o divórcio é o último recurso quando todos os esforços conciliatórios falharem. A propósito do divórcio, o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) avisou com veemência:
"De todas as coisas legais, o divórcio é a mais detestável aos olhos de Deus. "
O Islam não confina o direito ao divórcio só ao homem ou à mulher, se a mulher não se sente segura, ou feliz com o seu marido, ou se este é cruel para ela, ou se tornou impossível viver a o seu lado, ela tem o direito de procurar o divórcio através de um Tribunal Muçulmano, sendo tal tipo de divórcio denominado de "Khul'ah". Em qualquer dos casos, mesmo que o divórcio seja concedido, ela deve ser tratada amistosamente. O Alcorão diz:
''O divórcio revogável só poderá ser efetuado duas vezes. Depois, tereis de conservá-las convosco dignamente ou separar-vos com benevolência. Está-vos vedado tirar-lhes algo de tudo quanto lhes haveis dotado'' (Alcorão Sagrado2:229).
O Vestuário da Mulher Muçulmana
No presente, o grande mal do mundo é o nudismo, que tem influenciado bastante as já confusas mentes humanas, subministrando os ilimitados meios da sensualidade. A mulher já é, na aparência, suficientemente atraente e charmosa; se a isso acrescentarmos a nudez, então a confusão será enorme, tornando ao homem muito difícil controlar as suas paixões.
Assim sendo, o Islam condena todos os tipos e fontes do mal que levem à imoralidade e destruam a sociedade humana. O propósito de usar o vestuário é o de se precaver das conseqüências demoníacas da nudez, bem como o de manter a decência na sociedade.
É sinal de profunda ignorância o pensar-se que a nudez é o chamamento da modernização, com efeito, o nudismo é, o convite da cultura Ocidental sem Deus. Nada tem a ver com o termo "Moderno", o Islamismo é o modo de vida mais moderno. Ele permite, não somente o avanço nas ciências e tecnologias modernas, como encoraja todos os esforços canalizando-os para a obtenção de conhecimento em qualquer parte do mundo.
Uma vez que o Islam se dedicou a elevar a posição da mulher na sociedade, assim como a sua honra e a sua dignidade, no mesmo sentido ele recomenda à mulher que se vista decentemente; o que é recomendado no próprio interesse dela. A mulher Muçulmana pode casar-se com um só homem em qualquer altura que seja, não havendo espaço para a poliandria no Islam.
Se ela é a senhora de um marido, em particular, será realmente descabido, da sua parte mostrar o seu corpo, beleza, ou encanto, a outro homem. Se ela não se veste decentemente, e caminha seminua em público, qualquer homem perverso a seguirá com más intenções, mas, quando ela coloca o vestuário Islâmico, ou seja, um "hijab" próprio, qualquer pessoa, que se encontre sob a influência do demônio, terá de pensar duas vezes antes de se aproximar dela. E isto é o que diz o Sagrado Alcorão:
''Ó Profeta, dize a tuas esposas, tuas filhas e às mulheres dos fiéis que (quando saírem) se cubram com as suas mantas; isso é mais conveniente, para que distingam das demais e não sejam molestadas; sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.'' ( Alcorão Sagrado 33:59)
''Dize às fiéis que recatem os seus olhares, conservem os seus pudores e não mostrem os seus atrativos, além dos que (normalmente) aparecem; que cubram o colo com seus véus e não mostrem os seus atrativos.'' (Alcorão Sagrado 24:31)
É claro, também, que a intenção do vestuário é o de conceder beleza e graça, assim como a de servir de proteção contra os efeitos climáticos. Mas o intuito principal do vestuário é o de cobrir aquelas partes do corpo que devem estar resguardadas. Deus colocou a modéstia e a timidez na natureza humana, assim, a tendência para se ser modesto, e não exibir as suas próprias partes privadas, é inerente à natureza humana. É por isso que, quando Adão e Eva foram despidos do seu vestuário divino, eles cobriram de imediato os seus corpos com as folhas das árvores do Paraíso.
''Ó filhos de Adão, enviamos-vos vestimentas, tanto para dissimulardes vossas vergonhas, como para o vosso aparato; porém, o pudor é preferível! Isso é um dos sinais de Deus, para que meditem.'' (Alcorão Sagrado 7:26)
Ao nos vestirmos, devemos nos lembrar que as roupas são uma benção e uma oferta de Deus, com as quais Ele contemplou, somente, os humanos. Elas foram negadas a todas as outras criaturas, por isso, devemos expressar a vossa gratidão a Deus, por este favor especial. Contemplados que somos com esta distinta dádiva, não devemos, nunca, atuar de modo contrário aos decretos de Deus sobre o vestuário, ou demonstrar ingratidão.
A piedade é o melhor ornamento, e significa pureza de espírito bem como uma correta aparência física. Por outras palavras, O Islam pretende que useis um vestuário do tipo prescrito pela Chari'ah para as Mulheres crentes, vestuário esse que não faça transparecer a arrogância ou o orgulho, nem permita que seja dada uma aparência masculina. O vestuário deve, na realidade, ser um emblema da boa conduta e devoção a Deus. Deve atuar, estritamente, em conformidade com as regras incluídas na Chari'ah, respeitantes ao vestuário feminino.
Uma mulher Muçulmana nunca deve usar vestuário transparente, que torne o seu corpo visível, nem tão-pouco usar um vestido muito justo que faça a sua figura ficar proeminente e sedutora, pois que, dessa forma, ela estaria nua, apesar de aparentar estar vestida. O Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) alertou, firmemente, este tipo de mulheres imodestas de um castigo severo:
"Tais coquetes estão condenadas ao Inferno (as que parecem nuas, apesar de aparentarem estar vestidas); elas atiçam as outras, e são por outras aliciadas, as suas cabeças assemelham-se a corcovas de camelos, por causa da sua postura de coquete. Tais mulheres não entrarão no Paraíso, nem terão sequer um ligeiro "cheiro" deste, apesar da fragrância do paraíso poder ser saboreada de muito longe." (Riadhus-Salihin).
O Hijab
A mulher Muçulmana deve, igualmente, cobrir-se com um lenço, e manter a sua cabeça e peito velados, ela não deverá usar um lenço (ou resguardo, ou véu) de material transparente que permita vislumbrar o seu cabelo. O objetivo do lenço é o de cobrir os seus pontos de beleza. O Todo-Poderoso diz:
''...que cubram o colo com seus véus e não mostrem os seus atrativos.'' (Alcorão Sagrado 24:31)
Recordando esta injunção de Deus, a mulher Muçulmana deverá seguir, escrupulosamente, o propósito do Mandamento Divino, e não deverá, jamais, desrespeitar a Ordem de Deus, ao usar apenas um pequeno bocado de tecido à volta do seu pescoço. Igualmente, ela não deverá usar seja o que for que a ridicularize.
Aspecto Econômico
1)- Direito de Posse Independente:
O Islam decretou para a Mulher o direito de posse independente, de acordo com a Lei islâmica, é inteiramente reconhecido o direito da Mulher ao seu dinheiro, aos seus bens de raiz, ou às suas outras propriedades. Este direito não é dependente de ela ser solteira, ou casada. Ela retém todos os direitos para comprar, vender, amortizar, ou alugar qualquer das suas propriedades. A este respeito, o Alcorão observa:
''Não ambicioneis aquilo com que Deus agraciou uns, mais do que aquilo com que (agraciou) outros, porque aos homens lhes corresponderá aquilo que ganharem; assim, também as mulheres terão aquilo que ganharem. Rogai a Deus que vos conceda a Sua graça, porque Deus é Onisciente.'' (Alcorão Sagrado 4:32).
É por causa deste direito de posse independente, que ambos os mandamentos de Zakat e de Hajj se tornaram obrigatórios para as mulheres que possam ter recursos para esses efeitos.
2)- Direito à Herança:
De maneira a consolidar o aspecto econômico da mulher, além de lhe garantir o direito à posse independente, o Islam garantiu, também, o direito à herança de seus pais, parentes, marido e descendentes. O Alcorão diz:
''Aos filhos varões corresponde uma parte do que tenham deixado os seus pais e parentes. Às mulheres também corresponde uma parte do que tenham deixado os pais e parentes, quer seja exígua ou vasta, uma quantia obrigatória. '' (Alcorão Sagrado 4:7).
Aqui, a partilha é absolutamente dela e ninguém pode reclamar alguma coisa da mesma, inclusive o seu pai e os seus parentes; nem mesmo o seu marido. A sua parte é, na maioria dos casos, metade da parte do esposo, sem qualquer implicação de que ela seja inferior ao homem. Esta variação nos direitos hereditários é apenas consistente com as variações nas responsabilidades financeiras do homem e da mulher, de acordo com a Lei Islâmica.
O homem, no Islam, é inteiramente responsável pela manutenção da sua esposa, de seus filhos e, em alguns casos, dos seus parentes com certas necessidades, especialmente os do sexo feminino. Esta responsabilidade não é nem, renunciada, nem reduzida, por causa da saúde da sua mulher, ou devido ao seu acesso a alguma remuneração proveniente do trabalho, renda, lucro, ou de outros meios legais.
A mulher, por outro lado, está muito mais segura economicamente, e encontra-se muito menos sobrecarregada em relação a reclamações sobre as suas riquezas. Os seus bens, pré e pós matrimoniais, não são transferidos para o seu marido, e ela até mantém o seu nome de solteira. Após o casamento, ela não tem qualquer obrigação de gastar dos seus bens, ou dos seus rendimentos, seja com ela, seja com sua família. A metade da partilha dos bens que a mulher herda pode, deste modo, ser considerada generosa, visto que se destina só para ela.
Para elucidar este ponto, tomemos um exemplo: um pai de dois filhos - um rapaz e uma moça - faleceu e deixou 300 reais. De acordo com a Lei Islâmica da Herança, na ausência de outros herdeiros legais, a filha será titular de 100 reais, e o filho de 200 reais. Quando atingirem a maioridade e pensarem em casar, o jovem rapaz será obrigado a pagar um dote à sua mulher. Neste caso, ele terá que gastar parte do dinheiro da sua herança, e fica, ainda, obrigado a manter a sua família e a incorrer em todas as despesas neste sentido.
Em relação à jovem, (irmã do jovem rapaz referido) quando se casar, será intitulada a receber um dote de seu marido; previamente ela já tinha herdado 100 reais (da herança do pai falecido) e, agora, receberá mais algo proveniente do dote do seu marido, perfazendo um total bastante razoável. E, nunca será obrigada a gastar nada do seu dinheiro, por muito rica que ela seja, uma vez que o seu marido é responsável por a manter e aos seus filhos, enquanto ela for sua esposa. Será contraditório afirmar que o seu dinheiro aumentou, enquanto o do seu irmão diminuiu, ou desapareceu Completamente? Então, quem realmente beneficiou mais da herança? O filho, ou a filha?
Dificilmente se, poderá negar que, um exame minucioso à Lei Islâmica da herança, dentro do estudo geral dos princípios da Chari'ah, não só revela justiça mas, também, uma certa abundância de compaixão pela mulher.
Conclusão: Quando o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) tomou posse do Ofício Profético em 610 (Era Cristã), a maioria das nações Européias debatiam arduamente a natureza da mulher:
"Será que ela era realmente humana? Terá alma? Poderá Ter fé? Poderá ela adorar? Poderá ela ser recompensada por Deus da mesma forma que o homem? Poderá ela ser admitida no Paraíso? Poderá ela possuir bens? Poderá ela ter direito à herança? Em resumo, deverá ela ser tratada como um ser humano, ou apenas como um boneco nas mãos do homem?"
Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) o Guia da humanidade, que numa época em que nenhum país, nenhum sistema, e nenhuma religião dava qualquer direito, ou respeito à Mulher, solteira ou casada, esposa ou mãe; que num país onde o nascimento de uma filha era considerado uma calamidade, assegurou à mulher direitos que, à mulher Ocidental, no século XX, são concedidos de uma forma relutante e sob pressão, pelo Ocidente "civilizado"; e isso merece a gratidão da humanidade.
Se Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) nada mais tivesse feito do que emancipar a mulher, a sua reivindicação para ser o maior benfeitor da humanidade teria sido incontestável. Não será, então, malícia por parte de alguns críticos Ocidentais para com o salvador da espécie feminina (que devolveu à mulher a sua posição devida na sociedade), tornando-o como seu inimigo?
Dizemos isto porque, mesmo hoje, no século XX, como no ano 610 quando Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) tomou a seu cargo o Ofício Profético, as pessoas desviadas do Ocidente continuam a proferir pensamentos maléficos sobre o Islam.
3)- Direito ao "Mahr" (Dote):
Para além de todas as precauções para a sua proteção na altura do casamento, o Islam decretou, especificamente, que a mulher tem o pleno direito ao seu "mahr" (dote), um presente matrimonial que lhe é oferecido pelo seu marido, sendo incluído no contrato nupcial, e que tal posse não se transmite ao seu pai, irmão, ou esposo.
O conceito de "mahr'' no Islam não é nem um preço atual, nem um preço simbólico da mulher (como, foi o caso em certas culturas), mas será, antes de mais, um presente simbolizando de amor e afeto.
O "mahr" no Islam não é como o velho dote Europeu, que era ofertado por um pai à filha na altura do casamento, tornando-se propriedade do futuro marido.
Nem o "mahr" Muçulmano é semelhante ao "preço" da nora Africana, que era pago pelo noivo ao pai da noiva, como forma de pagamento ou compensação.
Pelo contrário, o "mahr" Muçulmano é um presente matrimonial do noivo à noiva, ficando este presente como exclusiva propriedade dela.
O Alcorão diz:
''Concedei os dotes que pertencem às mulheres.'' (Alcorão Sagrado 4:4).
4) Direito ao Emprego:
Quanto ao direito da mulher de procurar emprego, deveria tornar-se claro que o Islam vê o seu papel na sociedade como mulher e mãe, um papel sagrado e essencial. Nem as empregadas, nem as amas podem substituir a mãe no seu papel de educadora de uma criança. Tal papel, tão nobre e vital, que afeta largamente o futuro das nações, não pode ser levado de uma forma tão "leviana".
Não obstante, não existe qualquer regra no Islam que proíba a mulher de procurar o emprego sempre que para tal haja necessidade, tendo em conta as normas islâmicas de castidade, e assegurando-se que estas estão a ser respeitadas e, especialmente, em cargos que se coadunem com a sua própria natureza, onde a sociedade dela mais necessita.
Mesmo então, o Islam ensina o princípio da divisão do trabalho, destina trabalho algo enérgico e duro, fora da casa, ao homem, tornando-o responsável pela manutenção da família. Olha para o lar como a principal preocupação da mulher, delegando-lhe o cuidado da casa, a responsabilidade da educação e a vigilância das crianças um encargo que forma o mais importante item na tarefa da construção de uma nação. E ambos devem trabalhar em espírito de harmonia simpatia e amor. Ao fim e ao cabo, ambos têm a sua parte a desenvolver na vida, sendo a da mulher mais relevante tanto em importância como em nobreza. Pois que, se o homem se gaba de ganhar dinheiro, fabricar computadores, aviões, foguetes e mísseis, a mulher deverá, logicamente, silenciá-lo ao lembrar-lhe que ela é a parceira indispensável no criação do próprio Homem. Assim sendo, torna-se evidente que o aspecto econômico da mulher é mais seguro no Islam do que em qualquer outra religião.
O Seu Dever Sagrado
A mulher, na verdadeira acepção Islâmica, é um relicário de santidade em contraste com o Cristianismo, onde ela é olhada como fonte do mal. Com uma só palavra o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) elevou-a ao mais alto pedestal, quando disse: ''A mulher é a rainha da casa" e decerto "O Céu encontra-se sob os pés da tua mãe".
Sob os ensinamentos do Cristianismo, se a primeira mulher (Eva) trouxe o Inferno eterno, no Islam ela abriu a porta do Paraíso! Durante os últimos anos, tem havido luta permanente entre os dois sexos, relativamente aos seus respectivos direitos e obrigações; mas, poderão os advogados do Movimento Modernista reivindicar melhor posição para a mulher, do que já lhe foi concedida pelo Islam?
O Mundo deve saber e aceitar a verdade de que nenhuma outra fé, ou cultura, deu à mulher tantos direitos e preservou a sua honra e castidade, como o Islam o fez. Pierre Crabbites, no seu artigo sobre "Coisas que Muhammad fez pela mulher'' observa:
''A mulher muçulmana é uma força canalizadora, modelada por Muhammad há 13 séculos atrás, que assegurou às mães, mulheres e filhas do Islam, uma ordem e dignidade que ainda não está geneticamente assegurada às mulheres, pelas leis do Ocidente.''